25 Dezembro 2019      12:27

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Chuva não chega para tirar o Baixo Alentejo da condição de seca

As últimas semanas têm sido pródigas em chuva, com as barragens nacionais a registarem a recuperação do volume da água armazenada, mas também muitas cheias, destruição de propriedade, 2 mortos confirmados e um desaparecido.

Contudo e apesar de toda a chuva a seca vai manter-se nas zonas mais críticas do país, nomeadamente no Baixo Alentejo e no Algarve.

Os últimos dias foram marcados por chuvas fortes e por milhares de ocorrências atribuídos à passagem pelo território nacional das depressões Elsa e Fabien. Em novembro, quase 70% do país estava em situação de seca, sendo o problema mais grave o sul, com o Baixo Alentejo e o Algarve no topo das regiões que apresentam mais falta de água.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a sul do país e apesar de toda a chuva, a seca se mantém-se nas zonas em que é classificada de severa ou de extrema e, embora seja alterada para moderada ou fraca.

No distrito de Portalegre, em apenas 24 horas choveu mais que todo o ano passado, numa informação prestada à Rádio Portalegre pelo gestor da Associação de Beneficiários do Caia, Aristides Chinita. No entanto, mais a sul, na bacia do Guadiana será a zona do continente nacional onde menos tem chovido e na Barragem de Alqueva, as chuvas ainda não foram suficientes para fazer a maior barragem da Europa atingir os níveis desejáveis e está ainda longe de atingir a capacidade máxima de enchimento.

De acordo com dados da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva (EDIA), a barragem alentejana apresenta uma cota de enchimento de cerca de 145,33 metros e um volume de água armazenado de 2754,01 hectómetros cúbicos (hm3); a sua capacidade máxima é de 4150 hm3.

 

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