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Cinema

Filmes de Guerra – 2 Filmes de Margarida Cardoso

Costa dos Murmúrios -

Pequena anedota referida pela autora do livro, Lídia Jorge: desejava mais sangue. As imagens têm pudor nos filmes de Margarida Cardoso.

Como reagem perante a guerra aqueles que nela não participam, tendo de estar nas suas imediações. Estão, mas não lhe pertencem. São as esposas dos valorosos soldados. Para onde pode escapar esse olhar? Para o interior, para o que as imagens não mostram.

Palavras chegam depois, são o veículo que se segue ao olhar. E ambos dizem mais do que mostram as imagens.

Yvone Kane -

Easy Rider

Easy Rider (1969), também sobre sonhos, a ascensão do realizador e o êxtase no horizonte do desencanto (i.e., o crepúsculo algures na fronteira do Texas com a Louisiana):

 

Acordar de um sonho é imperativo que se presta a muitos equívocos, mas também uma benesse, e convenhamos que não há assim tantas por aí. Como adormecer, o antecedente natural.

Elvas já tem cinema três vezes por semana

Fruto de uma parceria inédita entre a Câmara Municipal de Elvas e a NOS, a cidade raiana alentejana vai passar a poder assistir a três sessões de cinema semanais, no Auditório de São Mateus, já a partir desta semana, e permitindo a população possa assistir aos melhores na semana em que estreiam.

Esta iniciativa foi apresentada, na passada semana, na Biblioteca Municipal de Elvas, na presença de Luís Nascimento, administrador executivo da NOS e de Nuno Mocinha, Presidente da Câmara Municipal de Elvas.

O reencontro com Rollerball

O reencontro com Rollerball, o de 2002.

O espírito de cada época é prisão a que ninguém escapa, pois não se percebe como tal. Mecanismo ilusório, visto como livro de instruções; isto é, uma necessidade determinada por regras supra-terrenas. Enfim, crença que não se distingue da fé, já estamos habituados.

Manchester By The Sea - Ao actor, o lugar que lhe pertence

Numa época em que ao actor se pede somente uma de duas, ou performance (entusiasmo) ou ausência (anonimato), um filme como Manchester By The Sea ressoa como um chamamento das profundezas. Bons papéis, como antes se dizia, que o talento transformava em notáveis criações. Falamos de ontem, mas não tem porque ser assim tão diferente no tempo presente... E não é, não nas suas determinações, na sacrossanta harmonia do trabalho artístico. Basta esperar pelo momento certo: saber reconhecer e não desaproveitar (aqui, refiro-me à responsabilidade do espectador).

No Alentejo há um festival de cinema em locais improváveis

Já começou a 6.ª edição do Periferias - Festival Internacional de Cinema de Marvão e Valência de Alcântara.

Até 20 de agosto, e pelo sexto ano consecutivo, o festival mantem a aposta na itinerância e percorre aldeias e lugares históricos da raia luso-espanhola como Marvão, Valência de Alcântara, Galegos, Fontañera, Portagem, Beirã e Santo António das Areias, Cedillo e Castelo de Vide.

Alentejo: Casal de assaltantes torna-se comédia romântica

É pela mão e engenho do realizador alentejano Vicente Alves do Ó, que a história verídica de um casal de assaltantes do Alentejo chega ao cinema.

As rodagens duraram cerca de quatro semanas – uma delas em Serpa - já terminaram e a estreia de "Quero-te tanto", uma comédia romântica, está prevista para 13 de dezembro.

NO

Filme “NO” (2012)

Foram Farpas, onde se disse sobre SI, NO e, ainda, milagres que nunca o foram.

Esclareça-se: o milagre é económico, e refere-se ao Chile nos tempos de Pinochet, que insuportavelmente haveria de morrer de velho.

Resposta exige-se.

Porquê?

Documentários: o TOP 50

A propósito do achado que foi a divulgação, em forma de lista: TOP-50, pela revista Sight&Sound, dos melhores documentários de todos os tempos (assim mesmo), sinto-me finalmente livre para o meu voto-lista (sobra-me um TOP-10, que por acaso são mais do que 10, após tentativa e resgate):

1) Shoah; …

2) Um dos irmãos Maysles, talvez o Gimme Shelter, talvez o Grey Gardens, mas de preferência o Gimme Shelter;

3) Chronique d'un Été, da dupla Rouch & Morin;

4) Koyaanisqatsi, partindo do princípio que o é;

Splendor in the Grass (1961), de Elia Kazan

Eclesiastes, 11:9: Alegra-te, jovem, na tua mocidade. Mas para isso não te apaixones. E livra-te da intervenção dos teus pais sempre que possas. Sobretudo não te apaixones. Caso incumpras, espera-te uma de duas: desfalecimento ou loucura. Lá pelo meio, pela voz aflautada da fabulosa Barbara Loden, ouve-se algo assim: ”Um dia vais descobrir, e então que Deus te proteja.”

Claro que o percurso destes jovens se baseia naquele incumprimento específico, pois caso contrário não haveria filme. Natalie Wood e Warren Beatty. Qual deles vai enlouquecer primeiro?

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