Cinema

Por pouco escapava-nos o Periferias Festival Internacional de Cinema, um evento dedicado ao cinema de autor e às culturas rurais e periféricas, que decorre entre os dias 27 e 30 do Agosto em Marvão e Valência de Alcântara.

O FIKE - Festival Internacional de Curtas-Metragens 2015 inicia hoje e homenageia o realizador português com a exibição do seu documentário biográfico: “Visita ou memórias e confissões”.

Este é, e segundo a organização, o “primeiro festival de cinema português e o segundo no mundo a exibir o filme” que mestre Manoel de Oliveira rodou em 1982 (aos seus 73 anos) e em que fala dos seus antepassados, da morte, do sofrimento e do fascínio pelas mulheres, além dos tempos em que a PIDE o deteve e interrogou. O realizador tinha estipulado que só seria divulgado após a sua morte.

Esta noite, 17 de abril, e inserido num programa de Comemorações de mais um aniversário do 25 de abril, em Viana do Alentejo, no Cineteatro Vianense, pelas 21h30 será exibido o documentário “Outro País”, de Sérgio Tréfaut que retrata acontecimentos da revolução dos cravos.

Este documentário, que em 1999 foi considerado o melhor documentário português, transmite-nos os múltiplos olhares sobre o 25 de abril de 1974.

Uma revolução com múltiplas visões, quiçá, a última revolução romântica do século, para outros, a ameaça comunista ou um verdadeiro laboratório de sonhos e política.

106 ANOS DE VIDA E DE TEMPO

Morreu ontem, aos 106 anos, o realizador português Manoel de Oliveira. Nascido a 11 de dezembro de 1908, realizou até aos 105 anos. Quem decidir realizar o filme da sua biografia deparar-se-á com a difícil tarefa de saber onde começar, o que incluir e onde parar, para conseguir retratar a singularidade de uma personalidade incontornável da História do cinema Português e Mundial.