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Opinião

Indiana Jones e o Templo Perdido

O bendito Poeta afirmou, cúmulo do atrevimento, que cada geração tem as referências que merece. Gozo à parte, os que fizeram 10 anos algures durante o ano de 1984 nunca se incomodaram com tal declaração. Sabem bem o que são e quem os fez. Quem lhes abriu as portas da percepção. Isto é, quem nos passou a perna pela primeira vez e, na sequência directa, nos mostrou o quanto éramos respeitados como indivíduos.

Movimento

Impressiono-me. A cada momento que avanço, no circuito dos caminhos por fazer, transformo-me em impressões, vivo cada salto como se a montanha russa em que nos apoiamos fosse um terreno seguro de betão ou alcatrão que não se move. Nessa estrada, nesse terreno contínuo, sem curvas. Imagine-se uma estrada que atravessa o deserto desta América.

Que Cultura(s) e que Comunidade(s)

Este fim de semana passado estive no meu concelho como é habitual e com esse simples prazer de estar pude olhar para a intervenção dos “aliados” na Síria com outros olhos. É desumano o que se passa num território devastado pela irracionalidade e são inaceitáveis as mortes que são provocadas pela intolerância. Num mundo global como o de hoje onde os direitos humanos são, pensamos nós erradamente, conhecidos por todos, em todos os cantos do mundo, assistimos a imagens que parecem saídas de filmes abjetos é a marca mais negra dos nossos tempos enquanto espécie.

De Montoito para a Primeira Grande Guerra (1914-1918)

A propósito das comemorações dos 100 anos do Armistício

 

A razão pela qual as futuras linhas são dedicadas a um grupo de soldados residentes no território de Montoito prende-se, por um lado, com a forma como gostaríamos de retirá-los do silêncio, recordando-os e valorizando a sua difícil tarefa, e por outro, relembrar o que para uma boa parte da sociedade civil é o desconhecimento da participação do nosso país de forma activa neste conflito.

Conversa com Camões

“Esta é a ditosa pátria minha amada”, expressou Luis Vaz de Camões no canto terceiro da sua obra poética “Os Lusíadas”, e segundo vários registos, concluída no ano de 1556, tendo sido publicada pela primeira vez em 1572.

Entre a primeira data e hoje, dia 17 de Abril de 2018 passaram 456 anos. O que aconteceu entretanto?

Vamos recorrer à nossa maravilhosa capacidade criativa e imaginar que estamos numa boa conversa informal com Camões, cujo tema principal é a nossa, tão nossa, Língua Portuguesa.

Vários mapas, uma só região. O Baixo Alentejo e as suas muitas fronteiras.

Existem várias fronteiras que colocam o Baixo Alentejo numa encruzilhada pelo desenvolvimento.

A fronteira entre o espaço físico e o espaço digital; a fronteira entre o mundo rural e a Europa; a fronteira entre as tradições e a contemporaneidade, a fronteira entre o interior e o litoral… Exemplos sobre essas encruzilhadas abundam e todos sabemos que o futuro irá ser ditado por essas mesmas respostas.

O arrancar de mais uma Guerra

Este fim-de-semana o Mundo acordou com a notícia do ataque coordenado dos EUA, do Reino Unido e de França na Síria, sendo este ataque apresentado como resposta ao ataque com armas químicas que foi ordenado por Bashar Al Asad e vitimou centenas de inocentes.

Muitas vozes já vieram afirmar e com alguma razão, que por detrás deste ataque está uma tentativa de fazer frente à Rússia na questão do Médio Oriente.

Em tempos falei nestas crónicas do perigo que seria ter Donald Trump a coordenar operações militares.

A imprensa livre é perigosa?

A imprensa livre é perigosa se as intenções de quem governa forem malignas ao regime democrático.

O dia 13 de abril foi instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1993, como o “Dia Mundial da Imprensa” e que marca a defesa da UNESCO da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa, fortes vias do pluralismo e considerados direitos humanos

Claude Monet

A luminosidade antecipa, dobra e explode, e deixamos de poder ver. É nesta aparente contradição que os impressionistas encontraram o seu caminho. Não era um logro, antes uma hipótese – na verdade, a única. Querer ver no excesso de luz um máximo de nitidez é apenas o senso comum para lá do senso comum a funcionar: quando nos atiram um jorro de luz directamente para os olhos passamos a ver melhor? Claro que não, é o oposto. Mas é mesmo assim ou é antes...o verbo correcto utilizado de forma errada? Digamos que sim.

Raspadinha

Era uma segunda-feira, um dia muito sisudo, tal como eu andava nessa semana. Ainda só essa manhã tinha começado e parecia já que durava há anos que iria correr mal até ao fim. Em casa, uma inundação que me pôs os cabelos em pé logo de manhã e os pés em água. Resolvido o problema, preparei o pequeno-almoço, ambicionando ter um momento sossegado, só para mim, dividido entre a torrada, os ovos e o sumo de laranja, seguido do café. Era um excelente pensamento. Era, mas não foi. E não se concretizou por duas razões muito simples. Por um lado, pus as torradas na torradeira e fui cortar as unhas.

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