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Opinião

Cidadania e ruralidade

Em tempos idos, onde no Alentejo profundo as dificuldades sociais implicavam um conjunto de comportamentos que aproximavam as suas gentes, factores como a solidariedade e confiança, estimulavam o aparecimento de movimentos cívicos e associativos onde a cooperação e espontaneidade eram indicadores de relevo. No fundo, actos que de forma inata permitiam às populações intervir de forma activa perante os mais variados quadrantes da vida política, cultural e social do seu território.

James Baldwin não é o meu negro, é o meu herói.

Acreditar que o mundo precisa de heróis é uma frivolidade que reduz o indivíduo a muito pouco, a quase nada, e que mais não faz que aceitar a desresponsabilização como fundamento. E sem individualidade responsável não há sapiens sapiens que nos valha. Nessa cama, a crer nas aparências, qualquer um se pode deitar sem sentir o peso da existência (iludindo as suas múltiplas consequências, quer dizer). O vazio total. Viver nesses termos pode ser leve, mas, bem vistas as coisas, de que serve passar todo o tempo que temos a contemplar o vácuo.

Início e fim

Mantenho-me sereno. Sempre sereno. Exceto quando perco a serenidade e me confundo comigo próprio e me iro comigo e sinto que os outros estão, eles, irados comigo. Estou calmo. E no meio desta calma que, mais do que aparente, é concreta. Escrevo estas linhas como quem fala em rima. Não me demoro no meio e faço com que cada verso rime com o próximo. Tudo isto para falar do início e do fim. Das coisas que começam e das que acabam sem dar sinal.

Falemos de jogos de tabuleiro modernos

É esta a primeira de um conjunto de crónicas que escreverei para o “Tribuna Alentejo” e que serão dedicadas aos jogos de tabuleiro modernos (também conhecidos pelo termo anglo-saxónico “board games”). Na verdade, a designação mais correcta será jogos de mesa, uma vez que nem todos se apresentam com um tabuleiro, mas optarei por utilizar a denominação mais corrente.

A semana de Trump

Esta será sem dúvida uma das mais marcantes semanas para Donald Trump.

Já começou com a reunião do G7 que fica marcada pela pressão dos restantes membros ao Presidente dos Estados Unidos na questão das taxas comerciais.

Desde o  Canadá, um dos países mais tolerantes do Mundo até à toda poderosa Alemanha, todos concordam na necessidade da urgente revisão de uma das mais recentes medidas de Trump: o aumento exponencial das taxas comerciais.

O demónio martirizado de Vercors

Ler numa mesma semana a fabulosa novela de Vercors (pseudónimo de Jean Bruller), Le Silence de la Mer, e um elevado número de excertos desse amontoado de páginas de pseudo-saber que é Atlas Shrugged, qualquer coisa como O Atlas Que Encolheu os Ombros e Foi à Vidinha Dele, de Ayn Rand, é experiência que pode influenciar de forma brutal o precioso mecanismo das conexões cerebrais e causar danos permanentes.

Ainda assim, é possível escapar, começando sempre pelo melhor, e esquecendo o que é de esquecer...

Aguarela em tons de azul

O céu, quando entrámos no meio da água estava azul, tão azul que se confundia entre o que há em cima e o que há em baixo. Entre nós um suporte de madeira, oval, que nos permitia balançar nele sem molhar os pés. Era uma aguarela em tons de azul, um alívio nos tons cinzentos e carregados dos dias em que o sol não pintava.

Juromenha está a cair

O Estado de Degenerescência da Fortaleza de Juromenha, em Alandroal

 

Foi questionado o Sr. Ministro da Cultura na Audição da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, sobre a situação em que se encontra a Fortaleza de Juromenha.

Tendo em conta que as respostas foram pouco esclarecedoras e de certa forma desvalorizadas, houve a necessidade de reforçar o pedido por escrito ao Sr. Ministro da Cultura.

Alentejo, planície de oportunidades

O Alentejo vive um período de grande dinamismo!

O património natural, histórico, cultural, aliado à gastronomia e aos vinhos, assumem-se como pontos de referência para quem visita a região. Ninguém tem dúvidas de que o turismo, nas suas diversas vertentes, tem dados sinais de qualidade e competitividade, o que converte este sector numa alavanca de desenvolvimento.

Direito a escolher

“Sou contra a eutanásia porque sou contra a opção de uma pessoa pôr termo à sua vida”. Este é um dos argumentos apontados por uma das manifestantes à porta da Assembleia da República no dia em que foram discutidas as propostas de lei para a despenalização da eutanásia.

Tal como tinha escrito em crónica anterior, este tipo de argumento (somado ao argumento “não matem os velhinhos” e ao “a eutanásia mata”) apenas vieram toldar toda a discussão necessária ao tema da eutanásia em Portugal.

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