Movimentavam-se dolentes debaixo do calor insuportável do Alentejo. As sombras eram mais pesadas que o próprio corpo. Num horizonte que se perdia de vista, caminhavam como se na penumbra fosse.
A fadiga vivia em todo o lugar da vida dos homens e das mulheres da baixa província. A fadiga movimentava-se no meio das coisas. No rosto das pessoas, o cansaço tomava o corpo da fadiga e tornava a dança do sol com o calor o suspiro da fadiga.
Os homens e as mulheres sabiam que os seus cansaços tinham um nome e viajavam entre pedaços de fazenda nessas terras.