19 Junho 2021      13:24

Está aqui

O medo

Acordei bem cedo! Eram mais ou menos seis da manhã. Normalmente não acordo a esta hora da manhã mas hoje acordei. Não sei o que se passava à minha volta porque vivo e estou sempre sozinho. Não havia e não há nada ao meu lado. Apenas a parede e os cortinados, de um lado, do outro uma parede… e o nada.

Mas estava lá o medo! Essa personagem dos filmes americanos que me aparece aqui…

Pensais que tenho medo? Muito! O que é o medo? Essa sensação que nos assoberba e nos absorve e nos transforma?

É o medo! Não tenho medo de ter medo, mas tenho receio que o medo me tenha medo e que o medo me faça recear aquilo que no medo noa faz sentir medo.

Hoje fugi do medo, porque o medo tentou apanhar-me e não conseguiu. O medo é tão longo quanto aquilo que imaginamos. E imaginamos muito mais do que o medo. Sabeis que nas próximas semanas escreverei sobre sentimentos e emoções. Hoje escrevo e dá-lo sobre o medo! Tens? Vais ter? Tiveste?

A palavra em si mete respeito! Deixo convosco a decisão de perceber o que o medo significa em cada um de vós e o que o medo nos faz sentir.

Não tenho medo de ter medo, nem o medo tem medo de ter medo de mim!

Mas, mais uma vez me assalta a pergunta… o que me faz sentir o que sinto? Que emoções vivem ao meu lado, acima e abaixo de mim? Entre a felicidade e a animação, há o medo que me acompanha… de que tenho medo? Nem eu sei.. nem vos sabeis…

Conheci o medo há muitos anos, e nessa altura ele vivia no escuro! Nunca o conheci em luzes claras mas o medo era uma figura que andava além e aquém de tudo.

Deixem que vos fale do medo e o descreva. Era noite e nesse tempo, na minha frente surgiu a figura escura e rara de um monstro.

Parecia umm monstro escuro sem fundo e talvez fosse mas o medo não tinha medo de ter medo.

Acordei de manhã e nos pés da cama, uma imagem escura que me olhava e que me dizia: conheces-me? E eu respondi que não e a resposta foi de que tens medo? E eu respondi que não! E ele disse: sou eu!

E aí, olhando olhos nos olhos, o medo e eu, corajoso, descansei e disse: não és porque não tenho…

E a história acabou porque o medo só existe quando o deixamos crescer…