24 Fevereiro 2024      13:01

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Não estarão a haver demasiados assaltos no distrito de Évora?

Há pouco tempo atrás, um homem supostamente armado assaltou a agência de uma instituição bancária em Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo (Évora), e fugiu após roubar pelo menos “entre 100 a 150 mil euros”.

Mais recentemente tivemos outros assaltos bastante preocupantes no nosso distrito. Um dos mais recentes foi o de uma ourivesaria situada na Rua Serpa Pinto, perto da Praça do Giraldo, em Évora, que foi alvo de furto. Os assaltantes conseguiram entrar no estabelecimento através de um buraco feito numa habitação devoluta adjacente.

Também, muito recentemente, um homem assaltou um minimercado em Évora, na zona da Nau. O indivíduo entrou no estabelecimento de cara tapada e com uma arma de fogo na mão, ameaçou a funcionária e levou o dinheiro que encontrava na caixa.

Por outro lado, também no mundo rural temos diversos assaltos. Segundo informações das forças de segurança, o roubo de azeitona mais do que duplicou no ano de 2023 em relação a 2022, tendo-se registado até novembro 102 furtos.

O furto de cortiça está a verificar-se em toda a região. Os ladrões chegam a extrair a matéria-prima antes da sua maturação completa, causando danos significativos nas árvores que comprometem a sua produção futura.

É certo que as nossas forças de segurança, nomeadamente a GNR e a PSP, têm efetuados inúmeras apreensões dos produtos roubados. Têm também apanhado muito dos potenciais assaltantes.

A título de exemplo, a GNR recuperou 820 quilos de cortiça alegadamente furtada, na localidade de Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo (Évora), tendo três homens sido constituídos arguidos como supostos autores do crime.

No entanto, estes são alguns dos exemplos das ocorrências de assaltos que se tem verificado aqui nas nossas localidades.

Na minha opinião, parece-me importante termos uma perceção clara dos motivos que têm levado a esta onda de criminalidade e atuar com diligência.

É certo que historicamente o Alentejo pode ser considerada uma região segura. Na minha perspetiva continua a sê-lo. No entanto, torna-se fundamental, para além de perceber o que se está a passar, é importante aumentar o nível de vigilância.

Atuar preventivamente é a melhor forma de deixar a alastrar este problema. Por outro lado, parece-me fundamental para o nosso território continuar a assegurar o valor da segurança. É decisivo para as pessoas, mas também para muitas atividades económicas.