2 Setembro 2020      11:18

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Vendas Novas aprova hoje medida para "travar imediatamente" problema ambiental

Luís Dias, Presidente da Câmara de Vendas Novas

Vendas Novas depara-se com um identificado problema ambiental que tem afetado a vida da população com maus cheiros de origem industrial. O Município e o Ministério do Ambiente já apontaram o dedo à empresa Extraoils – Oils 4 The Future, instalada na zona industrial daquela cidade, que tem rejeitado as acusações.

O município alentejano considera que tem havido "reiterado incumprimento desta unidade industrial", e decidiu há três meses a suspensão das descargas da mesma no sistema de esgoto público, "única ação legal possível de executar pelo Município nesta matéria" e instaurau um processo de contraordenação à empresa em causa, sem que tenha conseguido até ao momento resolver o problema, uma vez que a Extraoils – Oils 4 The Future, Lda. contra-argumentou a decisão tomada pela Câmara.

Além disto, o Município esclareceu então que a APA – Agência Portuguesa do Ambiente e o IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, entidades a quem foi reportada a situação desde o primeiro momento, são as únicas entidades com competência respetivamente na avaliação do cumprimento dos parâmetros ambientais e no licenciamento industrial.

O mau cheiro sentido na zona de Vendas Novas, os protestos do município e de várias forças políticas levaram mesmo o ministro do Ambiente a justificar a situação com a ineficiência do sistema de pré-tratamento da unidade industrial da Extra Oils.

O gabinete de João Pedro Matos Fernandes esclareceu que, “de acordo com a informação fornecida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a causa dos maus cheiros que têm sido sentidos na zona de Vendas Novas está relacionada com a unidade industrial da empresa Extra Oils […], devido à ineficiência do funcionamento do sistema de pré-tratamento ali instalada”.

Já em reação a Extraoils refuta as queixas garantindo em comunicado que “a laboração da unidade da Extraoils não regista nenhuma anormalidade das descargas efetuadas para o sistema de pré-tratamento” o que, segundo a empresa, pode ser confirmado “pelos relatórios periódicos e análises quinzenais que a empresa realiza” e que são enviados "periodicamente para o município”.

Hoje, dia 2 de setembro, será levada a Reunião de Câmara a medida que "irá travar no imediato o problema na sua origem", garante o município, que depois da reunião dará uma conferência de imprensa.