16 Março 2024      10:45

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Não podem existir medos na Democracia

Winston Churchill referiu que «a democracia é o pior dos regimes, à exceção de todos os outros.

Apesar de ser uma frase tantas vezes citada, ainda assim, acredito que continua a ser a melhor descrição para defender as virtudes (mesmo considerando a falta delas) dos sistemas políticos ocidentais. E é neste sistema político que os portugueses estão inseridos.

A Democracia é um regime político em que todos os cidadãos, indistintamente, são iguais perante a lei e escolhem os seus representantes para defenderem os interesses de todos. A democracia assenta num modelo de escolhas individuais para a defesa de uma sociedade no seu todo.

Acredito, também, que todas as crises que vivemos ao longo dos tempos sempre foram superadas pela democracia e é nela que colocamos todas as nossas esperanças e expetativas. Quando as coisas correm mal e as dificuldades parecem quase inultrapassáveis, mantemos a esperança que o nosso voto possa provocar mudanças. Quando vemos a democracia ser atacada, devemo-nos colocar em prontidão para a defender.

Por isso mesmo, acredito que a grande maioria das pessoas defendem acerrimamente a democracia. Acredito, também, que todos aqueles que se envolvem seriamente na política, fazem-no com o objetivo de melhorar as condições do país, diminuir as desigualdades e tornar a nação mais justa e igualitária. Este modelo existe para garantir a paz e o equilíbrio nas relações sociais. Não é fácil este equilíbrio, mas é fundamental a resposta da democracia para garantir a justiça, a liberdade, o bem-estar a todos os cidadãos.

Neste sentido, considero muito estranho quando existe medo do fim da democracia, ou seja, medo do fim dos regimes democráticos. Este medo não pode existir na democracia.

Existe medo dos populismos, mas também por partidos extremistas. Existe medo que estes partidos ganhem eleições ou governem em cima dos regimes democráticos. A luta permanente da democracia é lutar contra quem a põe em causa. Não é ter medo!

Em cada ato eleitoral, mesmo que nos desagrade o resultado, temos que respeitar plenamente a decisão os eleitores. Custa-me perceber tanto ruído nestas eleições. A AD – Aliança Democrática ganhou, logo deve governar. A AD deve ter todas as condições para poder governar!

O líder da AD, Luís Montenegro, próximo Primeiro-Ministro de Portugal, tem a missão de conduzir de forma correta os destinos da nossa nação. Tem a missão, mesmo sendo difícil, de resolver os problemas que afetam os portugueses. Vai ter que ter respostas aos problemas da saúde, habitação, educação, justiça, economia, entre outros problemas. Não é tarefa menor!

Com base nos resultados eleitorais obtidos nas últimas eleições legislativas, os portugueses quiseram uma mudança de liderança política do País, mas também uma mudança clara nas políticas. Os resultados são bem evidentes. É essa mudança de políticas que uma grande maioria de portugueses esperam.

Só se combaterá o populismo e o radicalismo com políticas públicas certeiras que respondam às reais necessidades dos portugueses. Não é com medo!