Por Rita Nascimento
Há sempre outro sol, outra estrada,
Uma improvável flor na calçada,
um abraço onde falar de amor.
Há sempre outra hora marcada,
se a vida foi, pois, adiada,
bateu forte e despojada
duvidou da sua cor.
Há sempre outro chão, outra foz,
um peito onde adormecer os sonhos!
Um cais que espera por nós,
depois do breu…
dos tempos sós.
Há sempre verde uma esperança
em quem, por nós, fica e avança,
para que a lua nasça e nos fascine.