A crónica de hoje é dedicada a um amigo não de sempre, mas daqueles para sempre.
Falo de alguém que fez o impensável: ousou e arriscou. Que empreendeu...em si e no futuro.
Sim, porque empreender não é mais do assumir e concretizar a mudança. Apesar de ser muitas vezes confundido com o criar um negócio ou auto emprego, empreender é muito mais, e podemos muito bem ser empreendedores por conta de outrem.
Foi exatamente isso que ele fez. Ousou e arriscou uma mudança radical de mais de 1500 km, começando hoje uma nova aventura profissional... numa ilha dos Açores!
A admiração que sentia por ele cresceu com esta sua decisão. Apenas uma grande dose de coragem e determinação nos leva a sair da nossa zona de conforto. Louvo a sua visão e estou certo que facilmente provará todo o seu valor.
Vivemos tempos em que o empreendedorismo assume um papel de grande destaque. E é neste contexto que arriscar e empreender com ideias novas, originais e diferenciadoras tanta falta faz.
Existem cada vez mais apoios para a concretização das ideias, mas é preciso tê-las primeiro! Ninguém pode chegar à horta mostrando uma caixa de transporte muito moderna e ficar à espera que os melões saltem lá para dentro. Se ninguém os semeou, se ninguém os regou, não haverá nada para colher.
Infelizmente, vejo pouca gente a sair da sua zona de conforto, a não ter medo de voar para a ilha.
Resultado disso: vermos dia após dia, cada vez mais do mesmo... Ele é a quinta com os seus passeios e provas de vinho, é mais um hostel porta sim porta sim, uma loja de cortiça ou azulejos no centro da vila, é uma hamburgueria ou francesinharia. Ideias que poderiam vingar não fosse uma ténue linha entre o inovador e a mera cópia deslavada.
É um gin club no sítio em que foi outrora um wine bar e que já havia sido uma loja gourmet, só porque vendia pão e chouriço a preços mais caros.
Chega a ser frustrante a falta de originalidade deste empreendedorismo de massas.
A dificuldade em inovar e se diferenciar está muito relacionada com a aversão a arriscar. Se alguém já fez e deu certo, o melhor caminho talvez seja seguir atrás, em vez de inventar algo que até pode correr mal.
Não é à toa que se diz "quem não arrisca não petisca"!
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