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Cultura

Filmes e outras notas breves 2

Samsara, de R. Fricke (porque apetece inundar de beleza, mesmo que advenha da dor, dor sempre distante, por isso subjectiva, e potencialmente bela, como uma explosão formidável da qual não vemos as consequências).

The Walk, de R. Zemeckis (porque a sequência da travessia faz vibrar, também porque a comoção foi tomando o lugar da vibração, e por fim porque dá a compreender o que sente aquele que flutua no etéreo; enfim, especificidades de um certo cinema).

Site alemão diz que o melhor Museu do Alentejo está em Elvas

O Museu de Arte Contemporânea de Elvas - MACE é destaque no site Touristiknews, onde um artigo de Judit Simon considera o museu o melhor do Alentejo.

É mesmo com o título “O melhor museu do Alentejo” (“Die besten Museen in Alentejo”) que o artigo, ilustrado com a arte e inspiração de Vhils (na foto) começa os elogios e as referências à arte presente no museu dizendo que quem procura exposições clássicas de arte também o pode encontrar no Alentejo, na cidade de Elvas, e onde uma exposição de arte contemporânea aguarda os visitantes.

 

Imagem de vhils.com

 

Filmes de Guerra – 2 Filmes de Margarida Cardoso

Costa dos Murmúrios -

Pequena anedota referida pela autora do livro, Lídia Jorge: desejava mais sangue. As imagens têm pudor nos filmes de Margarida Cardoso.

Como reagem perante a guerra aqueles que nela não participam, tendo de estar nas suas imediações. Estão, mas não lhe pertencem. São as esposas dos valorosos soldados. Para onde pode escapar esse olhar? Para o interior, para o que as imagens não mostram.

Palavras chegam depois, são o veículo que se segue ao olhar. E ambos dizem mais do que mostram as imagens.

Yvone Kane -

Évora: restam 3 dias para ver os frescos da Igreja da Misericórdia

São sete as pinturas que preenchem as paredes laterias da na Igreja da Misericórdia, em Évora , e que estiveram tapadas por telas desde a campanha barroca.

Estas pinturas murais com mais de 400 anos, datadas da segunda metade do século XVI, já eram conhecidas, mas nunca tinham sido estudadas, o que foi agora possível devido a obras de conservação e restauro desta igreja considerada imóvel de interesse público desde 1983.

Bienal de artes com 330 obras expostas na Vidigueira

São 220 artistas portugueses e estrangeiros que, até ao dia 11 de novembro e em vários espaços da vila, expõem 330 obras de pintura e escultura na 11.ª edição da Bienal Salão das Artes de Vidigueira.

Com artistas maioritariamente portugueses, mas que conta com 10 estrangeiros de Espanha, Brasil e Argentina, serão o museu e o mercado municipais, os salões da junta de freguesia e do Centro Multifacetado de Novas Tecnologias e o Casão A. S. Matos Rosa os locais em poderá admirar os trabalhos.

Ian e o (supremo) desconforto

Nem sempre uma ferida profunda deixa grande marca à superfície. À distância, tal…sugestão (insinuação talvez seja melhor palavra) parece adequar-se perfeitamente ao suicídio de Ian Curtis. Vocalista e letrista dos Joy Division, banda rock que alguns arriscaram delimitar (a Wikipédia arruma-os numa espécie de dupla prateleira, no post-punkgothic rock).

Borba é terra do vinho e da vinha

A Festa do Vinho e da Vinha, e que promove vinhos do Alentejo, está de regresso a Borba para mais uma edição, a 27.ª.

Preparados para voltar a receber um número crescente de visitantes - de 10 a 18 de novembro - serão dezenas os expositores presentes e sempre com os produtores e produtos alentejanos em destaque como queijos, enchidos, pão, azeite, mel, frutos secos e doçaria tradicional, além de se aproveitar a época do S. Martinho para dar a conhecer o vinho novo.

Easy Rider

Easy Rider (1969), também sobre sonhos, a ascensão do realizador e o êxtase no horizonte do desencanto (i.e., o crepúsculo algures na fronteira do Texas com a Louisiana):

 

Acordar de um sonho é imperativo que se presta a muitos equívocos, mas também uma benesse, e convenhamos que não há assim tantas por aí. Como adormecer, o antecedente natural.

Delia Derbyshire

A tomada de consciência (são estes os termos a empregar, e não outros) das harmonias robotizadas de Delia Derbyshire, em 2018, a.d., resulta numa pequena maravilha: juntar três tempos num estado de sublime dissonância. Numa década, a sonoridade da anterior, cinco décadas depois. A década magna: 61-70 do século XX, como não podia deixar de ser.

O atlas espantadiço de Ayn Rand

Digo o que posso e devo, dadas as circunstâncias -

Começo por copiar da introdução de um texto anterior (e eis uma auto-citação):

“Ler um elevado número de excertos desse amontoado de páginas de pseudo-saber que é Atlas Shrugged, qualquer coisa como O Atlas Que Encolheu os Ombros e Foi à Vidinha Dele, de Ayn Rand, é uma experiência atroz (e contudo necessária) que pode afectar o precioso mecanismo das conexões cerebrais e causar danos permanentes.”

Fim de auto-citação.

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