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Opinião

O MEU CÃO

O meu primeiro cão chamava-se Piriquito e a memória mais remota que tenho dele remonta à altura em que eu teria 3 ou 4 anos. A presença de um animal de estimação para uma criança, especialmente um cão, sempre marca e torna a vida muito mais interessante. Recordo-me bem da nossa amizade profunda, da nossa cumplicidade. Era um cão baixo. Nenhuma raça em especial, mas muita personalidade. Guardo ainda fotos dele que nos tiraram. A nossa amizade manteve-se enquanto foi possível pois, aquando do meu nascimento, o Piriquito já era velho e a duração das nossas vidas é diferente. Jamais esqueci os momentos até hoje. Os seus olhares de aprovação, de inclinar ligeiramente a cabeça quando me queria dizer alguma coisa ou pedir comida, essencialmente por telepatia pois não nos seria fácil utilizar o mesmo código de linguagem. Era o meu cão, o meu melhor amigo. Às vezes fazíamos corridas monte acima, no meio do Caldeirão, em que, obviamente, ele ganhava sempre. Correr com quatro patas é, aparentemente, mais vantajoso do que com duas. Acho que as galinhas têm a mesma opinião que eu.

LITERACIA FINANCEIRA – O INÍCIO …

Será que afinal é possível chegar ao fim do mês com algum dinheiro na carteira? E onde é que posso cortar nos meus gastos para que isso aconteça? E será que consigo inves­tir com pouco dinheiro? Conseguirei guardar alguma coisa para receber na altura da reforma? E os meus filhos preci­sarão de saber que passamos por uma crise? Como é que eles me podem ajudar nos meus problemas? E eu, como os posso ajudar perante tanta incerteza futura? E se ficar doen­te ou desempregado, consigo manter o meu nível de vida?

AS COISAS SÓ PODEM MELHORAR

O mês de agosto é por tradição tempo de férias e apesar das atuais dificuldades económicas e financeiras, com que a generalidade das famílias se debatem, muitos portugueses já se encaminharam para a costa algarvia ou para outros destinos turísticos. Na bagagem levam um ano inteiro de emoções e a vontade de subtrair ao presente as dificuldades e as preocupações do dia-a-dia.

NÃO SÃO SÓ NÚMEROS!

O desenvolvimento da capacidade de resolver problemas é actualmente um dos mais importantes objectivos do ensino da matemática contudo, devido a diversos factores, continua a ser sobrevalorizado o treino que visa o domínio de procedimentos e algoritmos em detrimento de actividades que envolvam o raciocínio e a resolução de problemas não rotineiros.

A ineficiência da aprendizagem centrada em procedimentos e algoritmos tem sido comprovada por diversos estudos, revelando que, ainda que haja domínio da componente de cálculo, os alunos revelam grandes dificuldades na resolução de actividades problemáticas cujo enunciado não forneça pistas sobre as ferramentas matemáticas que permitem a sua resolução.

LEÕES E HUMANOS

Nestas últimas semanas em praticamente todo o Mundo, todos tiveram oportunidade de expressar o seu choque e descontentamento com o assassinato de Cecil, o Leão que, segundo os especialistas era um dos últimos da sua espécie.

Proliferaram pedidos de justiça e exigências de punição do responsável pelo acto, bem como dos seus cúmplices. Não houve pessoa que não opinasse sobre o caso de Cecil o Leão.

Também a mim o caso me fez confusão e espero sinceramente que a justiça seja feita neste caso de claro desrespeito pelas leis da natureza.

CAFÉ

Cheguei à entrada do café passavam alguns minutos das sete horas da manhã. Óculos escuros postos para disfarçar o olhar matinal de quem vê o Sol como se o visse pela primeira vez na vida. Os olhos emocionam-se, reagem de forma alérgica e ficam vermelhos e inchados. É o repetir dos dias e o peso do sono. Nada a fazer, exceto um café matinal para agitar a adrenalina que se acomodou durante a noite. Após passar a portada do café, esperavam-me tantas caras desconhecidas quanto espaços vazios na cafetaria. Encostei-me ao balcão e o empregado, do outro lado, lançou-me um olhar de rapidez inquiridora do que me levava ali e perguntou se queria café. Respondi que sim e um pastel de nata. Veloz como a necessidade urgente de retirar as borras, por mais pó e tirar mais cafés numa máquina industrial a precisar de se alimentar de mais e mais cafeína. Ouvia o barulho do moinho a transformar os grãos em pó. Eu tomaria apenas uma pequena dose desse volume incomensurável de café que se misturava na água, se cobria de creme e tinha o poder de despertar até os mais sonolentos.

JOVENS ORQUESTRAS

No passado dia 17, Évora pode assistir a um concerto pela Joven Orquesta Promúsica de Málaga. Até aqui nada de novo, não fosse esta ser uma orquestra jovem de apenas uma cidade. Acontece que Málaga tem duas orquestras de jovens, o mesmo número de orquestras de Portugal inteiro, ambas sediadas em Lisboa: Orquestra Sinfónica Juvenil e Jovem Orquestra Portuguesa. Muito são os cursos de verão organizados pelos conservatórios ou bandas filarmónicas do nosso país que formam orquestras de jovens, mas, estes são cursos em que os participantes têm de pagar uma propina que normalmente é elevada. Estes cursos devem continuar a existir pois existem muitos jovens espalhados pelo país interessados em passar parte das suas férias tocando e convivendo com música. No entanto, seria importante que existisse pelo menos uma estrutura que sustentasse uma orquestra de jovens Portuguesa à semelhança do que acontece em Espanha

A VERGONHA DOS ESTÁGIOS EM PORTUGAL

A crónica hoje é curta. Curta mas dura!

Pululam por essa internet fora ofertas de trabalho com condições remuneratórias miseráveis. Lembro-me de ter visto uma oferta de emprego em que se pretendia uma pessoa para traduzir para 7 línguas diferentes e com um salário de… 500€/mês. Não acredita?

A ENCRUZILHADA GREGA PARA O FIM DO EURO

«Todos nós podemos errar, mas a perseverança no erro é que é loucura», Zenão de Cítio, Grécia Antiga.

 

O ÚLTIMO ACTO

Esta semana, numa declaração ao País, o Presidente da República anunciou a data das eleições legislativas, agendando-as para 04 de Outubro.

Até aqui não haveria muito mais dizer para além do claro desrespeito pela opinião da maioria dos partidos na marcação da data.

No entanto, atentando no conteúdo da declaração, deparamo-nos com um ainda mais claro desrespeito da imparcialidade exigida a um Presidente da República.

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