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Opinião

IDADE DOS "PORQUÊS”

É com alguma frequência que ouvimos as personalidades mais ilustres da sociedade declarem que a necessidade de pensamento crítico deve ser a principal motivação dos jovens de hoje.

Pergunto-me, então, por que razão existe a necessidade de condensar todo o espírito inquisitivo numa só idade da nossa vida? Porque é que a sociedade teima em obrigar as mentes jovens a serem apenas curiosas na sua infância, período esse, durante o qual as perguntas e dúvidas dos mais novos tendem a ser desvalorizadas.

SURICATAS

Deve ter sido aí há uns 8 anos. Vivia na África do Sul, então. Há já algum tempo, nos meus anos mais jovens, onde a experiência não era a de hoje nem as imagens que tinha gravadas na mente chegavam ao número das que se guardam hoje. Muitas delas apaguei-as propositadamente, outras por lapso, outras, então, como mera limpeza de ficheiros temporários. A nossa mente tem, de facto, aspetos singulares e, um deles é a nossa capacidade de escolher e de nos permitirmos ser as memórias ou ocultar as mesmas.

CANTO LÚGUBRE

Conheço-te, Portugal, há 10 anos. Em 2006, eu aportava no aeroporto da Portela com a previsão de cá permanecer até 2008. O destino, este gigante misterioso e apressado, entretanto, amarra-nos aos seus pés e arrasta-nos pelas vielas escuras por onde ele gosta de deixar os seus rastros largos e fundos. Estamos em 2016 e eu, apesar das curvas abruptas que me impôs aquele gigante, passei a te amar, Portugal.

O FUTURO DOS LIVROS

Sou um “livrólatra”. Tenho vício em livros. Começo um, devoro e já parto para outros. Não posso evitar. Devo admitir que o momento de pós-leitura é melhor do que a leitura em si, pois passo a diagnosticar os motivos pelos quais o enredo chegou ao clímax. Refletir faz parte dessa arte léxica. Assim posto, meu gostar de livros é condicionado: jamais cederei à literatura digital. A experiência não tem a mesma tenacidade, em minha opinião.

DOS FERIADOS, DA GESTÃO E DA PRODUTIVIDADE

No momento em que escrevo este artigo, oiço um debate entre um representante da confederação da indústria e um dirigente de uma das centrais sindicais. Este debate é motivado pela hipótese de juntar os feriados aos fins-de-semana, acabando com as “pontes”… em particular nos feriados móveis.

O FUNDO DE UM MAR NUNCA NAVEGADO

“O Mundo dá muitas voltas…”. Voltas sobre si mesmo, voltas em torno do sol e outras voltas, entre revoltas. Altera amiúde a sua face. Enruga-se aqui, estira-se acolá…Transformam-se montanhas em planícies, aparecem e desaparecem oceanos, esbatem-se cores, surgem novas formas. Ao longo dos seus 4600 milhões de anos o nosso planeta tem mudado, permanentemente, a sua superfície. É difícil, para nós, percebermos essa mudança pois os fenómenos geológicos são extremamente lentos….Para erguer uma montanha são necessários milhões de anos, para se formar uma rocha, podem ser milhares.

EM BUSCA DE NOVOS CAMINHOS

A Noruega parece estar determinada em proibir a venda e a circulação de veículos a gasolina e gasóleo no seu território.

PCP E HISTÓRIA, COISA QUE NÃO COMBINA

Adquirir a auto-perceção, num determinado momento, daquilo que gostamos ou repudiamos, não é de todo um processo fácil, nem tampouco que se tome de ânimo leve. Pior ainda, durante a infância, numa convulsão de informações e emoções que têm que ser assimiladas, quando tudo aquilo que mais desejamos é estar com os amigos e adiar os trabalhos de casa que deveriam ser entregues no dia seguinte.

XXI CONGRESSO

Teve lugar neste fim-de-semana, o XXI primeiro congresso do Partido Socialista, do qual António Costa saiu reeleito como Secretário-Geral eleito por larga maioria, o mesmo sucedendo com a sua lista para os Órgãos Nacionais.

Foi sem dúvida um congresso de afirmação do Secretário-Geral enquanto tal e enquanto Primeiro-Ministro, o mesmo sucedendo com a sua equipa, nomeadamente com a reafirmação da confiança ao Ministro da Educação.

NÃO ESTOU AQUI PARA TI, PATRIARCADO

De que está o patriarcado tão assustado? Começo este artigo com a pergunta óbvia que fica enterrada sob a maior parte de arrogância assoberbada e negações quase violentas de que o último não existe. Tal como fica a noção de que não existe uma cultura da violação ou uma hipersexualização e objetificação da mulher. Tal como existe uma suposta liberdade de escolha relativamente ao meu corpo. “São tudo mariquices destas feministas. Vão-me é fazer uma sandes.”, dizem eles e até negando a existência de um mundo de homens eles a comprovam claramente.

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