6 Junho 2016      08:46

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XXI CONGRESSO

"AO CORRER DA PENA"

Teve lugar neste fim-de-semana, o XXI primeiro congresso do Partido Socialista, do qual António Costa saiu reeleito como Secretário-Geral eleito por larga maioria, o mesmo sucedendo com a sua lista para os Órgãos Nacionais.

Foi sem dúvida um congresso de afirmação do Secretário-Geral enquanto tal e enquanto Primeiro-Ministro, o mesmo sucedendo com a sua equipa, nomeadamente com a reafirmação da confiança ao Ministro da Educação.

Houve espaço para o debate interno e externo, com a participação de figuras mediáticas como Pacheco Pereira que, mantendo a sua ideologia política, não se escusou a participar e a dar a sua opinião sobre a “geringonça”.

Pela primeira vez, vimos discutidas num congresso temas fracturantes como a eutanásia, a limitação dos salários dos gestores das empresas, a legalização da prostituição e a regulamentação do uso de drogas leves.

Nestes três últimos temas, será sem dúvida de destacar o papel activo da Juventude Socialista em todo este congresso, não só através da apresentação das já referidas moções sectoriais, como também da apresentação de uma agenda política com propostas concretas para o futuro do País.

Podemos dizer que enquanto uns se divertem a fazer cartazes, temos outras juventudes partidárias preocupadas em manifestar a sua opinião, apresentando propostas em diversas áreas em que ainda falta intervir.

Foi também o regresso de António Guterres à sua intervenção no órgão máximo do Partido, após anos de impedimento em virtude do cargo desempenhado na ONU. Esperemos que este impedimento surja em breve com a sua nomeação como Secretário-Geral da ONU.

Há igualmente que dar destaque à nomeação de António Arnaut como Presidente Honorário do Partido Socialista, sucedendo assim a Almeida Santos, falecido no corrente ano.

É sem dúvida o reconhecimento merecido de todo o trabalho e toda a participação desenvolvido pelo pai do Serviço Nacional de Saúde.

Por fim, há a realçar mais uma evolução neste Congresso, nomeadamente com a inserção do sistema de votação electrónica, desburocratizando assim todo um processo com antiga necessidade de revisão.

Em suma, este foi um Congresso em que foi assinalada a mudança, mostrando-se disponibilidade para continuar a mudar nas áreas em que se regista essa necessidade.

Pode afirmar-se que, não obstante as divergências existentes em toda e qualquer instituição democrática, demonstradas essencialmente por Francisco Assis, o PS continua unido em prole da mudança de medidas e na luta pela devolução aos portugueses dos direitos que lhe foram retirados ao longo dos últimos anos.

Os primeiros seis meses da “geringonça” têm um saldo positivo. Agora é ver o que virá a partir daqui.

 

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