No âmbito do Projeto Além Risco que pretende plantar 3.000 árvores no concelho de Viana do Alentejo, está em curso até dia 25 de fevereiro uma campanha de distribuição de árvores à população.
Denominada “Quero Árvores”, a campanha tem o apoio do Projeto CLDS RUMO CERTO e da Associação Terras Dentro e pretende oferecer até 10 árvores por cidadão. Para tal, basta aos interessados preencherem o formulário em https://alemrisco.org/quero-arvores/. As árvores devem ser levantadas no dia 26 de fevereiro, na Associação Terras Dentro, entre as 10h00 e as 12h00.
Recorde-se que o Projeto Além Risco pretende envolver os cidadãos na plantação de 50.000 árvores nos aglomerados urbanos do Distrito de Évora, reduzindo o efeito de “ilha de calor”, bem como reforçar a capacidade de adaptação da população local ao efeito das ondas de calor na saúde pública.
Para o concelho de Viana, até janeiro de 2023, está prevista a plantação de 3.000 árvores, das quais 2.000 para plantar em articulação com o Município e as restantes 1.000 para doar a cidadãos, associações e entidades.
O projeto “Além Risco” foi desenvolvido pela Science Retreats, empresa criada pelo reconhecido cientista ambiental Miguel Bastos Araújo - professor e investigador da Universidade de Évora - galardoado com o Prémio Pessoa em 2018 e pela Globalmoza - Partnerships for Humanity - pretende reforçar a capacidade de adaptação das populações do Alentejo central ao efeito das ondas de calor na saúde pública.
Sendo o Alentejo uma das regiões nacionais que mais pode ser afetado pelas alterações climáticas o “Além Risco" pretende ajudar a minimizar ou até mesmo inverter esta situação com a plantação de 50 mil árvores.
É uma iniciativa da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC) e um dos objetivos passa por envolver os cidadãos na plantação de milhares de árvores nos aglomerados urbanos do Alentejo Central, permitindo não só reduzir o efeito de “ilha de calor” por eles criados, mas também reforçar a capacidade de adaptação das populações locais ao efeito das ondas de calor na saúde pública.
Ao aumentar o coberto arbóreo dos espaços urbanos, podendo estender-se a espaços periurbanos ou outros, recorrendo sobretudo a espécies autóctones, é possível diminuir as temperaturas médias registadas nestes espaços, em especial no verão.
O projeto é financiado pelo EEAGrants (contribuição da Islândia, do Liechtenstein e da Noruega para a redução das disparidades na Europa e também no reforço da cooperação entre os Estados doadores e os 15 Estados beneficiários da Europa Central e do Sul) e envolverá fundos próprios do município de acordo com o grau de envolvimento do mesmo.
Imagem de florestas .pt