O Jornal de Negócios deu recentemente destaque a uma entrevista a Marco Vale, diretor-geral da Mediterranean Shipping Company (MSC), onde é feita uma retrospetiva em relação à recente instabilidade laboral naquele porto alentejano, que foi o escolhido pela MSC para substituir o porto de Lisboa.
Apesar do ano difícil para o porto de Sines, marcado por algumas greves, Marco Vale desvaloriza defendendo que a instabilidade em Sines foi gerada por uma "falta de diálogo momentânea", tendo redundado numa situação "um pouco mais extrema de greve" que acabou por ser "rapidamente sanada", como sublinha a Revista Cargo, apesar das greves terem implicado desvios para os portos espanhóis de Valência e Las Palmas dos navios da MSC.
O Porto de Sines continua a ser a opção estratégica da transportadora, defende Marco Vale, lembrando que a MSC já ali opera há 15 anos. Marco Vale lembra também que nos últimos15 anos os navios evoluíram bastante em termos de dimensão e hoje Sines é o único porto em Portugal onde os navios da MSC podem entrar, com uma tendência do aumento da capacidade e tamanho dos porta-contentores. Uma das características vitais para tal é o calado: um trunfo no qual o Porto de Sines é imbatível em termos nacionais.