2 Junho 2021      08:35

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EDP e Galp saem do consórcio de hidrogénio para Sines

A EDP confirmou que irá sair definitivamente do consórcio de hidrogénio H2Sines, anunciou fonte oficial da empresa. De acordo com o jornal ECO e o Dinheiro Vivo, a Galp irá igualmente sair do projeto.

“A EDP concluiu a sua participação no grupo de empresas que, em julho do ano passado, iniciou os trabalhos de avaliação do projeto H2Sines. Essa análise, desenvolvida ao longo de quase dez meses de trabalho em total espírito de cooperação e parceria, possibilitou um conhecimento mais aprofundado sobre a cadeia de valor do hidrogénio verde e todas as oportunidades que pode oferecer na produção de energia limpa”, disse fonte da empresa, em declaração oficial.

A mesma fonte acrescentou que, “concluída essa avaliação, a EDP entende que a sua estratégia e futuros investimentos em hidrogénio verde deverão aplicar-se a outros projetos com os quais espera, de igual forma, continuar a contribuir para a descarbonização da economia”.

Contudo, o projeto H2Sines continua, mantendo como parceiros a Martifer, a Vestas e a Engie. A elétrica francesa deverá ficar a liderar o consórcio de hidrogénio em Sines, enquanto a REN ficará como parceira, como operador de sistemas, tendo em conta que não pode participar em projetos de produção e comercialização de hidrogénio.

Assim, com estas duas desistências, o memorando de entendimento que foi assinado fica sem efeito e terá de ser negociado com o Governo. Tudo indica que a Holanda se mantém a bordo do projeto como país importador do hidrogénio que será produzido em Sines.

A EDP revela ainda que “esta reavaliação do projeto H2Sines também não anula o compromisso da EDP em manter a sua ligação a Sines e em avaliar todas as potenciais oportunidades de investimento em projetos naquela região, seja no hidrogénio verde, seja em qualquer outra área que a empresa considere sustentável e que possa contribuir para o desenvolvimento do território e das suas comunidades”.

Neste sentido, a empresa “continua a avaliar projetos inovadores e com potencial de crescimento nesta área nas várias geografias em que opera, mantendo atualmente cerca de 20 projetos sob análise”.

A mesma fonte adianta que “essa ambição está, aliás, refletida no próprio Plano Estratégico 2021-2025, no qual a EDP se compromete a investir em energias renováveis e inovação – e especificamente em hidrogénio verde – de forma a cumprir a meta de ser 100% verde até 2030. Foi também com esse objetivo que, em fevereiro deste ano, a EDP anunciou a criação de uma nova unidade de negócio – H2BU – precisamente para promover oportunidades de investimento e desenvolvimento de projetos na área do hidrogénio verde e do armazenamento de energia”.

 

Fotografia de facebook.com