4 Julho 2023      12:28

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Borba terá o primeiro campus dedicado ao setor social

Tiago Abalroado, presidente da Fundação UNITATE

A Fundação UNITATE, com sede em Vila Viçosa, vai criar um espaço para dar suporte ao setor da Economia Social, num edifício que adquiriu no concelho vizinho de Borba.

Em comunicado, a Fundação UNITATE, instituição particular de solidariedade social (IPSS) de âmbito nacional focada no desenvolvimento da Economia Social, indicou que o complexo, com uma área total de 45.000 metros quadrados e localizado perto de Borba, junto à Estrada Nacional 4, vai constituir-se como “o primeiro campus de todo o mundo dedicado ao setor social”.

Citada pela Lusa, a fundação adiantou que pretende instalar no novo complexo o Instituto de Formação para a Economia Social (IFES), um centro de congressos e um espaço dedicado à Economia Social, com biblioteca, zonas de exposição e espaços de coworking.

Uma incubadora social, um laboratório de inEovação social, uma escola de respostas sociais, um centro de consultoria em responsabilidade social e uma área de restauração são outras das valências previstas para o espaço.

Tiago Abalroado, presidente da Fundação UNITATE, explicou que no edifício funcionou o Centro Tecnológico da Pedra Natural de Portugal (CEVALOR), que encerrou em 2016, e uma empresa de artigos de desporto.

“Comprámos o edifício por 800 mil euros”, com recurso a financiamento bancário na ordem dos 680 mil euros e o restante com fundos próprios, salientou.

O responsável referiu que o futuro complexo, com 6.700 metros quadrados de área construída, vai passar a designar-se “UNITATE Campus” e que o centro de formação do IFES, criado pela fundação em 2020, ficará ali sediado.

“O espaço tem auditório, salas de formação e um grande potencial. Temos ali condições para que seja o embrião daquilo que poderá ser, no médio prazo, a Universidade do Setor Social em Portugal”, destacou.

Tiago Abalroado admitiu que o edifício agora comprado pela fundação “precisará de intervenções de beneficiação”, prevendo que os trabalhos de remodelação possam ser feitos “gradualmente em função da concretização dos projetos”.

“Queremos captar o interesse dos diferentes atores públicos e privados para, eventualmente, desenvolvermos parcerias e, quem sabe, vias de financiamento a determinados projetos em concreto”, acrescentou o responsável.

 

Fotografia de agencia.ecclesia.pt