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literatura

Casa do Alentejo promove concurso de décimas alusivas aos 50 anos da Revolução de Abril no Alentejo

Nas comemorações do seu 101º aniversário, no dia 10 de junho de 2024, a Casa do Alentejo promove um concurso de décimas dedicadas aos 50 anos da Revolução de Abril no Alentejo.

A Casa do Alentejo, abre, a todos os sócios, até 27 de maio de 2024 a recepção de décimas dedicadas aos 50 anos da Revolução de Abril no Alentejo à liberdade e à democracia.

As obras serão avaliadas tendo em conta o tema proposto, a sua criatividade e a sua qualidade linguística.

Isabel Stilwell vai estar em Reguengos de Monsaraz

A 25.ª edição da Feira do Livro de Reguengos de Monsaraz começa amanhã, sábado (20), e decorre até ao domingo do fim de semana seguinte (28), no Parque da Cidade, estando aberta ao público todos os dias, entre as 14:00 e as 21:00, revelou o município, acrescentando que a abertura oficial do evento está marcada para as 15:30 de amanhã, dia que fica também marcado pela inauguração da exposição “Vida e Obra de Alexandre O’Neill”, que assinala o centenário do seu nascimento, e pela atuação de Hugo Soft.

A minha imagem no escuro

Deixei a luz apagada ao entrar em casa. Não fiz o esforço de ligar o interruptor e fazer com que a corrente passasse para as lâmpadas do candeeiro que me alumiavam a sala. No escuro, não se via nada, além das luzes da tuas dos postes que iluminavam alguns espaços e dos carros que ocasionalmente passavam. Essa noite era pouco movimentada e não sei, até hoje, explicar porque não acendi a luz ao entrar em casa. Talvez fosse medo que alguém me detetasse num espaço que era o meu mas que receava.

O fio de cobre

Voando de monte em monte, sonhava eletricamente em mundos melhores, acreditando nunca ser interrompido no seu feixe de luz e energia. Enterrado nos mais escondidos recantos do mundo, ligando lado a algum outro lado, entregava-se à escuridão esperando não ser encontrado.

Entre a geada e a neve

No Alentejo não há neve. Nevou há muitos anos, a 29 de janeiro de 2006. Toda a gente se lembra desse dia. Eu, especialmente, não me recordo. Estava em Timor nesse dia, fiquei a saber pela televisão e pelo telefone com os meus pais.

Estamos em tempos de inverno, e embora não neve no Alentejo, há dias mais frios que se notam e que, principalmente nos ribeiros e nos vales, caem e deixam um manto branco que parece mas não é. Trata-se do orvalho que durante a noite se acumula e se transforma em gelo.

Ausência

Permitam-me escrever e falar sobre a ausência. Esta semana estive ausente. Pela primeira vez em muito tempo a ausência apoderou-se da minha caneta e não revelou aquilo que me ocupava as ideias.

A ausência pode ser entendida e definida de várias formas, umas mais simples, outras mais complexas. Nos dicionários comuns a ausência é definida como não estar presente, falta de comparência, carência.

O dia em que as pessoas se esqueceram

Era um domingo de manhã. O dia tinha começado às 7 da manhã. Nesse dia, perdido num solarengo mês de maio, um e outro tinham-se levantado perto das 5 da madrugada.
Abriram a porta e puseram uma caixa preta no meio da mesa. Ao lado, dois livros grandes onde estavam nomes e nomes. Os livros tinham listas e essas listas eram nomes de pessoas. Homens, mulheres, todos adultos. Pessoas que iam aparecer. Pessoas que tinham de aparecer nesse dia.

E um bom filho, a casa torna

Com o auxílio de um pincel, ao som de algo sereno criando uma antítese com os batimentos acelerados que saltam do meu peito, misturo cores numa tela; criando uma sensação de refúgio que me permite sonhar acordada.

Fecho os olhos. Segundos, transformam-se em minutos, e volto a abrir, a combinação produzida pelo meu subconsciente, faz-me suspirar: verde, castanho e um azul na borda.

Os cantos da minha boca inclinam-se sem querer e solto outro suspiro involuntário.

Memórias acordadas, mas vividas.

Galveias inaugura Centro de Interpretação José Luís Peixoto

Um centro de interpretação dedicado à vida e obra do escritor José Luís Peixoto vai ser inaugurado em Galveias, no concelho de Ponte de Sor, no próximo dia 21 de janeiro, num investimento superior a 387 mil euros.

De acordo com a agência Lusa, o projeto é desenvolvido pela Junta de Freguesia de Galveias e vai ocupar uma antiga casa senhorial daquela vila, da qual é natural o escritor.

O sal da terra

Será o sal da terra aquele que salga e que da vida ao que cresce, ou por outro lado, será aquele que seca o que quer nascer, pela sua salubridade?

Nas palavras de Mateus e do Padre António Vieira, aqueles que são o sal da terra são os discípulos, aqueles que dão sabor e fertilidade à terra.

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