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Opinião

A Tentação – não podemos deixar matar o Alentejo

O Alentejo caracteriza-se pela excelência ambiental e patrimonial, estando associado a estas excelentes vantagens uma identidade cultural extremamente forte.

Associado a estas fortes características, altamente diferenciadoras de grande parte de outras regiões, o Alentejo tem associado a si um conjunto de produtos e serviços que são altamente valorizados e diferenciadores: a gastronomia, o turismo (nas suas diferentes vertentes associadas às características do território), produtos regionais (o pão, o vinho, os enchidos, o azeite, a doçaria e compotas, o mel, a cortiça, etc, etc).

Histórias esquecidas: die Vertriebene (“os expulsos”)

Entre os vários acontecimentos que se seguiram ao final da Segunda Guerra Mundial, a história dos Alemães do Leste Europeu, entre 1944 e 1949, impressiona em termos de números e vastidão geográfica.

Desde o final da Idade Média que existem, em muitas áreas da Europa Oriental, da Lituânia à Turquia, comunidades de língua alemã organizadas com diferentes tradições e formas.

O pescador e as ondas

Era uma vez um mar muito azul, que se prolongava de uma costa distante até ao lado de cá, onde se acreditava tão longe o lado de lá, como nesse lado achavam este. Duas visões e percepções distantes e idênticas. Neste lado, o mar era mais azul quando visto do céu. As tonalidades que o preenchiam transmitiam a ideia de paz e imensidão. A alma precisa tantas vezes de azul para se acalmar, da mesma forma que precisa de verde quando busca a esperança para se aconchegar.

Não há guerras limpas.

As imagens que chegam da Ucrânia são em sua maioria inequívocas e não suspeitas de falsificação. Certamente há vítimas civis e militares, há cidades destruídas e refugiados em fuga. E fica claro quem é o agressor e quem é atacado. Foi também o caso da Crimeia, há alguns anos, e de Sarajevo, Bagdad e Afeganistão.

É difícil para mim lidar com os meus sentimentos complexos e que se vão acumulando, não apenas há um mês.

A observadora invisível

"Como todos os meninos, eu amava e invejava algumas profissões... mas acima de tudo eu gostava de me tornar um mágico... de me tornar invisível. Assim, aprendi ... a substituir a invisibilidade grosseira do manto mágico pela invisibilidade do sábio que olha e conhece, mas que nunca é reconhecido - isso podia ser uma característica essencial da minha história de vida."

Redor

Redor. Ao redor. Aquilo que nos rodeia. O círculo que se forma em torno de nós e daquilo que pensamos. As redondezas significam sempre algo que está próximo de nós e tem, positiva ou negativamente, influência no nosso bem-estar, no nosso comportamento, no olhar que mudamos para ver mais longe, ou mais perto…

O redor molda-nos e molda aquilo que vemos. Hoje em dia, pouco interessa o redor que pode contribuir para a verdade. Tantas vezes, embora os nossos olhos vejam e testemunhem a realidade, dir-nos-ão que o redor não é o redor e aquilo que vemos não é real.

As crueldades cometidas na guerra da Ucrânia são imperdoáveis!

À medida que as tropas russas vão deixando o Norte da Ucrânia, vem ao decima uma realidade de horror: corpos de civis pelas ruas, de mãos atadas, queimados ou enterrados em valas comuns, corpos de mulheres nuas abandonados na estrada e animais abatido, e muitas outras atrocidades difíceis de descrever.

É possível dizer que há uma guerra da Ucrânia antes das atrocidades em Bucha e outra após a realização das mesmas.

Numa primeira fase, dois meses após a invasão russa, é possível ver imagens que mostram a dimensão da destruição na Ucrânia.

Uma paixão inesperada

Dizem que a primeira paixão de uma criança é a Natureza. Talvez tenha eu padecido desse síndrome pelo Alentejo. Começo por dizer que sou nascido e criado no Porto, bem no centro, até com alguns traços infelizes de um elitismo urbano, mas hoje sinto uma paixão inenarrável pela mais vasta região portuguesa, o Alentejo.

O espaço entre as árvores

Viajo de comboio. Sentado no meu assento, percorro as diferentes terras, as diferentes casas escondidas atrás das árvores e além do arame que separa a linha do resto do mundo.

Vejo-me no espaço entre as árvores, através de um vidro meio empoeirado.

O facto de viajar de comboio, numa linha quase recta sem sobressaltos faz-me olhar, concentrado, para o espaço entre as árvores, para o que me foge da vista e não se deixa apanhar pela minha retina. Não me é possível focar num só elemento, nem guardar na memória tudo aquilo que passa por mim, ou melhor, aquilo por que passo.

Rui Nabeiro - 91 anos de exemplo

Poucas figuras serão tão queridas e consensuais a uma faixa tão alargada da população e que acabam por ser vistas como um símbolo de uma região como Rui Nabeiro.

O “Comendador” ou o "senhor Rui" - como carinhosamente é tratado pelo povo de Campo - celebra hoje 91 anos. Nasceu a 28 de março de 1931, na vila raiana de Campo Maior, no seio de uma família humilde que se sacrificava para que os filhos pudessem ir à escola e Rui Nabeiro estudou até à 4ª classe do ensino primário.

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