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Opinião

LÁ VAMOS NÓS OUTRA VEZ

De acordo com o Banco de Portugal, no ano 2000 o endividamento dos particulares em percentagem do rendimento disponível era de 88,2%.

No ano anterior tinha nascido a moeda única. Desde o espetro da entrada do euro que tinha havido uma queda acentuada das taxas de juro, facto que por si só é um estímulo ao consumo. Isso provocou uma banalização dos cartões de crédito, do crédito ao consumo e de promoções e publicidade selvagens a todo e qualquer tipo de produtos ou serviços, de viagens a au­tomóveis, passando até pela antecipação de recebimento do IRS. Com tudo isto, o endividamento subiu… subiu… subiu… andou acima dos 125% entre 2007 e 2013 para atenuar até aos 119% no ano passado.

MILHÕES… E MILHÕES… E MILHÕES!!

Cada vez que ligo a televisão só oiço falar em milhões. São milhões no futebol, da transferência deste e daquele jogador, para aqui e para ali, comprado, vendido, emprestado. São milhões na TAP, ah e tal, privatização ou não… São milhões e milhões e milhões na Grécia, com acordo, sem acordo, sabe-se lá! São milhões de dívida portuguesa e %%%% imensas que não se sabe do quê disto e daquilo.

Afinal?

PROPOSTAS LIVRE

Dos partidos independentes, o Livre é, provavelmente, o que mais impacto tem causado nos últimos tempos, quer pela forma de actuação, quer pelo incentivo à participação dos cidadãos nas tomadas de decisão programáticas.

Com o lema “Avançar agora para recuperar o futuro”, o Livre apresenta-nos as suas linhas programáticas, disponíveis em http://tempodeavancar.net/?page_id=875.

Em primeiro lugar, o Livre avança com a proposta de reestruturação da dívida como relançamento do investimento. Tal como já foi aqui anteriormente defendido, o Livre defende a união com outros países da União Europeia por forma a conseguir melhores resultados na renegociação da dívida.

De seguida o Livre propõe o aumento do crédito às empresas, medida essencial mas que, necessariamente, tem sempre de ser aplicada com cautela. Não nos podemos esquecer que a facilidade de crédito levou à crise financeira da qual Portugal ainda luta para sair.

E SE A MORTE FIZESSE UMA PAUSA?

E se não houvesse morte? Se as pessoas simplesmente deixassem de morrer? Após séculos e séculos à procura do elixir da juventude, buscando sem fim um meio de deter o tempo, julgando escapar às suas presas, eis que Saramago nos diz nas Intermitências da Morte que é necessário morrer. Porquê? Ninguém quer morrer. No entanto, por uma infinidade de razões, a morte, além de ser parte da vida, torna-se imprescindível e surpreendentemente desejável, nem que seja de um ponto de vista sanitário. Pois, infelizmente, a ausência de morte acarreta danos colaterais, como era de esperar.

ESCRITA DO SUDOESTE

Esta é uma história dentro da história. É a história de um povo que viveu há mais de dois mil anos e do qual não se sabe tanto quanto se gostaria de saber. Sobre um povo que a BBC quis conhecer melhor e recentemente filmou uma série em Loulé e Almodôvar. Em parte, não sabemos muito porque ainda não o conseguimos ler e só quando conseguimos ler alguém ou algo é que ficamos a saber muito mais sobre as pessoas ou sobre as coisas. Mas esta é, essencialmente, uma história de pedras, de estelas e de lápides funerárias que se escondem e têm vindo a ser encontradas no Alentejo e Algarve.

ESTUDOS DE OPINIÃO: INFORMAR OU INFLUENCIAR?

Com a proliferação de estudos de opinião nos media (novos e tradicionais), o cidadão comum tem acesso a informação, sobre as preferências e atitudes dos seus co-cidadãos, que poderá influenciar as suas tomadas de decisão, sejam elas de consumo, eleitorais ou outras.

No caso particular das sondagens pré-eleitorais, está comprovado que os resultados difundidos afectam a decisão de voto no dia das eleições, ao fornecer indicadores que alteram a expectativa do eleitor quanto ao resultado das eleições.

NÃO HÁ ESPAÇO PARA BAD BOYS

Os indícios estavam à vista para quem queria ver e começaram com o afastamento do ministro das Finanças grego das reuniões de negociação europeias.

Nem o próprio Varoufakis queria acreditar, sendo o primeiro a desmentir qualquer desentendimento ou afastamento das principais decisões do executivo e das reuniões com a Europa, mas a verdade é que quando este foi afastado das negociações, com a desculpa que seria melhor outra pessoa com um perfil mais diplomático e menos rígido nas posições, foi sem dúvida um indício forte do que estava para vir, acabando na sua inevitável demissão do cargo de ministro das Finanças, depois de todo o esforço pelas ideias e ideais do governo e do seu líder Alexis Tsipras.

TRAGÉDIA GREGA

Começo com uma chamada de atenção: se não gosta de polémicas, volte para a semana, que esta crónica é capaz de não lhe agradar!

Dia 5 de julho: os Gregos votaram “Não” no referendo e desde logo o mundo regozijou com esta vitória, que os Gregos são um povo de coragem (que para muitas pessoas é acentuada no “o”), que fizeram ver à Troika que não se brinca com as pessoas e com a democracia. E há tanta coisa a dizer sobre o referendo…

PARA QUANDO UMA DEMOCRACIA PARITÁRIA EM PORTUGAL?

Se ambicionamos uma nova forma de fazer política, se queremos o rompimento com o estado atual da política em Portugal e desejamos uma ruptura democrática, então uma opção fundamental é equidade política de género.

A democracia paritária é uma outra forma de fazer política e de valorizar a democracia através da afirmação do direito à igualdade, onde mulheres e homens se encontram representadas/os, exercendo a mesma força e influência política e social.

200 EUROS POR ANO PARA CORRER

Um runner Português gasta 200€/ano em equipamentos de corrida.

A notícia de hoje não é nova e tem por base um estudo levado a cabo em 2014 pelo IPAM – The Marketing School, intitulado “Prática da Corrida em Portugal”.

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