4 Abril 2021      09:39

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Universidade de Évora com projeto para adequar tecnologia às culturas em estufas

É a partir da transferência de conhecimento em agricultura de precisão, em particular na produção em estufas e com foco nas necessidades e desafios específicos do sector que a equipa do projeto Next Generation Training on Intelligent Greenhouses (NEGHTRA) conta vir a contribuir para o aumento da eficiência dos sistemas de produção e do seu potencial económico e que, Fátima Batista, Professora do Departamento de Engenharia Rural da Universidade de Évora (UÉ) e investigadora no MED, considera “aspetos fundamentais para este sector face aos desafios ambientais e societais com que atualmente nos deparamos”

“Pretendemos oferecer uma formação inovadora em tecnologias avançadas em estufas, tendo em conta a adequação das tecnologias às culturas em cada região de modo a garantir a sustentabilidade da produção” revelou a professora da academia alentejana e que lidera o projeto NEGHTRA financiado pela União Europeia.

O NEGHTRA pretende desenvolver um sistema de ensino/aprendizagem adaptável e flexível, garantindo um ensino de alta qualidade e “mostrar como a inovação, o empreendedorismo e a utilização da tecnologia podem beneficiar os negócios e as aptidões pessoais”, destacou a professora da UÉ, em comunicado enviado à nossa redação.

Mas há condições para a implementação do projeto, só se tornando uma realidade se existir um consórcio abrangente de 5 IES, 4 PMEs especializadas e 7 intermediários, cada um contribuindo com sua experiência e capacidade de divulgação e que será complementado por 5 Parceiros Associados com acesso direto às comunidades agrícolas.

A UÉ é líder do Plano de Qualidade e é responsável pela preparação dos materiais de apoio à formação nas temáticas da eficiência energética e no impacto da redução da pegada de carbono, colaborando na definição e na preparação dos materiais para as restantes temáticas, participando em praticamente todos os planos definidos do projeto.

No projeto, a universidade tem ainda envolvidos os investigadores Vasco Fitas da Cruz, José Rafael Marques da Silva, Luís Leopoldo Silva, Adélia Sousa, Teresa Batista e José Carlos Rico.

Está também prevista a realização de estágios de curta e média duração para estudantes de mestrado e de doutoramento permitindo a realização de trabalhos de investigação no âmbito das suas dissertações e teses e Fátima Batista diz que “Ao criar a oportunidade de novas aprendizagens para os técnicos, produtores em geral e em particular para os jovens agricultores, espera-se que este projeto possa contribuir para a melhoria das condições de produção e para a sustentabilidade do sector”.

Sendo um projeto Erasmus, este projeto ultrapassa as fronteiras nacionais e estende-se pela Europa, o que permitirá, segundo a investigadora, “promover outros processos de cooperação e troca de informação, tendo por base as especificidades climáticas e geográficas dos vários países".