24 Setembro 2018      13:55

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Sobreiro está a perder terreno no país

Apesar das exportações de cortiça terem subido 4% este ano, o que representa até agora 748 milhões de euros, esperando-se que o ano encerre nos mil milhões de euros, a população de sobreiros está a recuar em todo o território nacional e a responsabilidade é das más práticas, das pragas e das alterações climáticas. Pelo menos é a conclusão a que chegaram os especialistas em dois encontros que decorreram este fim-de-semana em Ponte de Sôr e Coruche e que estiveram a discutir o futuro do montado no país e que estão a alarmar produtores, autarquias, organizações ambientais e empresas da área.

Em 2010, segundo o "Dinheiro Vivo", ano do última contagem das áreas de sobreiros, esta espécie ocupava 737 mil hectares, menos do que os 812 mil hectares de eucalipto, a primeira espécie nacional. Nessa altura não havia registo de perda de árvores, isto é, não havia mortandade relevante da espécie, o que hoje já acontece, e que indicia regressão do Sobreiro, apesar da regeneração natural.

A APCOR, associação portuguesa da cortiça, defende a expansão das áreas de montado para norte do país, calculando ser possível encontrar 50 mil hectares adicionais em zonas ardidas do centro do país.

Apesar da aparente contradição entre o aumento da exportação da cortiça e a regressão do Sobreiro, ela é explicada pela maior capacidade de transformação do produto e não por um aumento da matéria-prima.

Imagem de capa de experitour.com

 

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