20 Setembro 2022      10:07

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Moura vai acolher central fotovoltaica da Iberdrola

A Iberdrola acaba de avançar, junto da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), com o processo de licenciamento ambiental de um novo empreendimento fotovoltaico de larga escala, a instalar em Moura, e que terá uma capacidade de 474 megawatts (MW), com 730 mil módulos solares, numa área de 895 hectares.

De acordo com o jornal Expresso, o licenciamento do projeto Cristóvão Colombo arrancou com uma proposta de definição de âmbito, uma etapa preliminar e voluntária por parte do promotor, que antecede a avaliação de impacto ambiental propriamente dita.

Assim, a proposta de definição de âmbito da Iberdrola entrou já em consulta pública no portal Participa, podendo os interessados apresentar os seus contributos até 6 de outubro.

Segundo o documento entregue pela empresa espanhola, esta nova central terá uma produção anual de 830 gigawatt hora (GWh), o equivalente a 1,7% do consumo de eletricidade em Portugal.

Se o projeto avançar, tratar-se-á de uma das maiores centrais solares em Portugal, embora não alcance a dimensão do projeto THSiS, uma central fotovoltaica de mais de 1000 MW a instalar em Santiago do Cacém e que está a ser desenvolvida pela Prosolia, juntamente com a Iberdrola.

O projeto que agora inicia o licenciamento ambiental, a construir em Moura, terá uma componente de armazenagem, prevendo 11 baterias, com uma potência de 20 MW e uma capacidade conjunta de armazenamento de 43 megawatt hora (MWh).

Note-se que a Iberdrola já anunciou, quando da inauguração do complexo hidroelétrico do Tâmega, que tem em curso vários projetos de investimento nas energias renováveis em Portugal.

Além deste projeto em Moura e da central solar em Santiago do Cacém, a Iberdrola também está a desenvolver um parque eólico de larga escala nas imediações do complexo hídrico do Tâmega.

No passado mês de agosto a elétrica espanhola anunciou ainda o arranque da operação da sua primeira central solar em Portugal, um projeto de 27 MW, com um investimento de cerca de 18 milhões de euros, no distrito de Setúbal, resultante da participação da Iberdrola no leilão solar de 2019.