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Gente que conta

Uma paixão inesperada

Dizem que a primeira paixão de uma criança é a Natureza. Talvez tenha eu padecido desse síndrome pelo Alentejo. Começo por dizer que sou nascido e criado no Porto, bem no centro, até com alguns traços infelizes de um elitismo urbano, mas hoje sinto uma paixão inenarrável pela mais vasta região portuguesa, o Alentejo.

Outra vez, esquerda revolucionária?

O movimento anti-racista internacional teve em Portugal a sua expressão na passada semana, e tomou forma em manifestações espalhadas por várias cidades. Rui Rio encostou-a à esquerda dizendo que não se devia fazer das manifestações um nicho de esquerda. Deveria ter noção que há muito boa gente de direita anti-racista. No dia seguinte, foi a vez da Juventude Comunista Portuguesa, sem qualquer arrepio em relação às medidas de distanciamento, reunir-se num comício.

As Oliveiras Falam

As oliveiras falam através do tempo.

Não é por isso que as invejo;

O desconfinamento chegou à política

O termo “desconfinamento”  entrou no léxico dos Portugueses, em maior força que o próprio “Covid19”. Enquanto a sociedade civil vai recebendo em tranches, qual resgate financeiro ao Novo Banco, o que reabre e como reabre, no olímpo Português, a Assembleia da República, o desconfinamento da atividade política teve um ritmo bastante mais acelerado.

Tudo começou no 1ºo de Maio, e continuou com as costas voltadas entre António Costa e o ex Ronaldo das finanças, Mário Centeno.

Presos em nós

Estou (estamos) presa sem ter cometido nenhum crime. Enclausurada por um erro inconsciente. Mas eu sou a próxima geração. Não posso. Não devo. Não vou sair.

Os acontecimentos recentes levaram-me a passar tempo comigo mesma, descobrindo novas partes de mim que nunca tivera conhecido e aprendendo a lidar com novas emoções e pensamentos.

Respiro fundo várias vezes ao dia porque sei que isto vai passar. Sei que vai passar porque confio em mim e confio nos outros. Sei que, juntos, trabalharemos para chegar ao final desta pandemia negra o mais depressa possível.

Preto

Preto.

O caminho está colorido com um preto delicado e eu estou perdida.

De repente

estou numa casa.

Nunca tinha chegado a esta casa. Sempre estivera muito distante. Há quadros pendurados que gritam agressivamente comigo. Lâmpada que ameaçam tocar na minha face. Uma corrente de ar abraça o meu pescoço. Sou facilmente invadida por maus pressentimentos.

Continuo perdida.

Tento agora caminhar. Voltar à vida. Dou dois passos. Será que consigo subir as escadas?

Volta, renasce

Dirijo o meu olhar para o céu revoltado pintado com um cinzento triste. A minha face está preenchida de lágrimas pesadas e grossas. Elas queimam à medida que fazem o seu percurso. As minhas pestanas estão fracas e frágeis.Busco uma resposta tua. Afinal de contas, é onde moras agora, certo?

Se os meus olhos pudessem falar, neste momento, eles berravam. Berravam de arrependimento, de desespero, angústia e, sobretudo, tristeza.
Tantos sentimentos misturados que nem sei por onde começar.

Porquê?

Verne – O Verme Do Verbo

Sobrevivi. Eu, hoje, sobrevivi. Não sorri. Não me ri. Não brinquei. Não me senti feliz. Nem me senti triste. Muito menos, vivi. Eu apenas sobrevivi; e tudo bem com isso. E se tudo o que eu fiz hoje foi aguentar-me até chegar a casa, abrir a porta do meu quarto e atirar-me para o colchão da cama, já foi alguma coisa; fiz algo, e estou orgulhosa de mim mesma.

O jornalismo é Arte

A população necessita de estar informada. Hoje em dia, quem não está atualizado quanto a tudo o que se passa à sua volta, rapidamente se vai sentir isolado da sociedade. Assim, o jornalismo ganhou uma grande importância nos dias de hoje, sendo conhecido até como “o quarto poder”, atrás dos três grandes poderes: executivo, judicial e legislativo.

Defendo que o jornalismo não é apenas um poder, não é apenas uma forma de comunicar informação. O jornalismo é arte.