Alqueva

A Federação Nacional de Regantes (Fenareg) alerta para um ano de 2018 difícil em termos de disponibilidade de água para a agricultura e considera que investimento de 2,3 milhões que o governo se prepara para fazer nas intervenções de limpeza em albufeiras alentejanas é uma decisão "eminentemente política" e que o investimento anunciado permitiria encher todas as albufeiras "dos perímetros confinantes ligados a Alqueva e para as quais o atual preço de Alqueva é incomportável".

O Alentejo interior sempre foi sinónimo de terra sofrida, secura e calor, tal como exprimiu o poeta João de Vasconcellos e Sá:

“Raia o sol!
E em dois minutos
os prados ficam enxutos;
toda a ribeira secou!
E morrem de sede as crias
no lugar onde há dois dias
a mãe delas se afogou.”

A despenalização do consumo de cannabis para fins medicinais está ainda em fase de legislação, mas existem já perspetivas de vir a plantar-se no Alqueva e, à Renascença, José Pedro Salema, presidente da EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva revelou que existem mesmo contactos nesse sentido.

Moura, no Baixo Alentejo, é o concelho com maior área banhada pelo Alqueva mas está até ao momento excluído do sistema de regadio da grande barragem, situação que parece ter os dias contados. É que com a conclusão do projeto de alargamento da área abrangida pelo sistema de regadio e com a garantia de financiamento que cobrirá 10 mil hectares, prevê-se que as obras arranquem no prazo máximo de um ano.