28 Novembro 2017      15:02

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BEJA: AGRICULTORES SOBEM TOM DAS CRÍTICAS À EDIA

Rui Garrido, presidente da FAABA

O novo modelo de gestão da água proposto pela EDIA, a empresa que gere Alqueva, não está a colher simpatias entre os agricultores alentejanos, que ameaçam mesmo abandonar o Conselho para o Acompanhamento do Regadio de Alqueva. A primeira ameaça veio da Confederação Nacional das Copperativas Agrícolas (CONFAGRI)

A Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA) iniciou há duas semanas a apresentação junto de cerca de 6 mil agricultores do novo Modelo Participativo dos Perímetros de Rega de Alqueva que, segundo a Confederação Nacional das Copperativas Agrícolas (CONFAGRI), de participativo não tem nada. Os agricultores falam mesmo em modelo imposto pela EDIA e dizem não reconhecer o mediador escolhido para representar os agricultores junto da empresa.

José Pedro Salema, presidente da EDIA, veio então refutar as acusações da CONFAGRI aos microfones da Voz da Planície, esclarecendo que foram pedidas reuniões com os agricultores em cada perímetro de rega para explicar" a ideia do ministro da Agricultura sobre a gestão, e preço, da água do Alqueva, reuniões que tiveram participação reduzida", acrescentando que nem o modelo nem o representante criticado pela CONFAGRI são impostos, sendo que este último é provisório.

Agora é a vez da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) que diz em comunicado estar “preocupada com o modelo de gestão” dos perímetros de rega de Alqueva, acusando a EDIA- Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva de procurar impôr um representante que dialogue directamente com a Empresa e que também assuma representação no Conselho de Acompanhamento do Regadio de Alqueva (CAR Alqueva)”, algo que a FAABA diz não aceitar.

A FAABA diz ainda que já pediu uma audiência ao ministro da Agricultura, Capoulas Santos.

Imagem de capa da Voz da Planície.