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Opinião

O poder de decisão

Estavam sentados numa mesa redonda, olhando-se todos de forma circular e abrangente. O olhar de cada um conseguia alcançar todos os que ali se sentavam. Eram treze, sentados à mesma mesa de decisão. Dali saíam razões e decisões que implicavam e se refletiam diretamente na vida de pessoas comuns, como eu e como o leitor.

O poder de decisão tem essa mesma vertente de poder transformar vidas, de agir sobre o recipiente da decisão e de o poder fazer crescer ou decrescer na sua relação. Porém, o poder de decisão afeta também aquele que toma essas mesmas decisões.

O enunciado

Eram 8:00, 8:30 da manhã quando chegaram ao local de aplicação, num lugar qualquer deste mundo, numa qualquer disciplina, num qualquer nível de ensino.

As nossas crianças e adolescentes passam todas, como todos nós passamos, por momentos de teste. Somos testados a cada momento e em diferentes aspetos da nossa vida. As relações testam-nos, a família testa-nos, a escola, o trabalho, os amigos, a estrada, os reflexos, os jogos. Tudo é um teste mais ou menos convencional.

Os riscos do regresso de Trump

São vários os candidatos republicanos apoiados pelo ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que garantiram vitórias nas primárias realizadas recentemente nos Estados Unidos da América (EUA).

Donald Trump andou no terreno e manifestou todo o seu apoio a vários candidatos. Desta forma, está a garantir a base de apoio republicana para as próximas eleições presidenciais dos EUA. Pelo menos tudo indicia que sejam assim.

Individualismo ou Liberalismo?

Com a queda da União Soviética em 1991 e consequente derrube dos regimes Comunistas do Leste Europeu, julgou-se que seria o triunfo das democracias liberais, e que o capitalismo fosse sinónimo de Democracia. A par das crescentes desigualdades socioeconómicas a sociedade ocidental tornou-se cada vez mais individualista e focada no objetivo único e sagaz de gerar riqueza.

Saudade de algo que não existia

Por Giuseppe Steffenino

Confesso que muitas vezes sinto saudade. Não pela sensação de que a vida, no passado que conheci, era melhor ou mais feliz. Não para cabines telefónicas, motocicletas com rodas raiadas de metal, máquinas de escrever, mapas de estradas, filmes fotográficos analógicos, cabines de proteção cinematográficas, rádios transistores ou outros objetos cotidianos que desapareceram do nosso cotidiano.

Momentos especiais

Falar sobre momentos será um dia como falar sobre o eterno. Não que os momentos sejam eternos. Não o são e certamente nunca serão eternos porque são a antítese da eternidade. Os momentos, sejam bons ou maus, são únicos. E que assim sejam e que continuem a ser para os que os vivenciam e aproveitam ou sofrem sejam abençoados nesse momento.

Cada momento na vida de cada um de nós torna-se especial, torna-se único. Talvez por isso celebremos os melhores momentos da nossa vida. Dos momentos menos bons ou maus não queremos memória.

O massacre que esquecemos

por Giuseppe Steffenino

Fotos de cidades atingidas ou destruídas evocam a memória de histórias ouvidas de tios e avós que, com reticências e distorcendo os nomes, às vezes falavam às crianças de Mykolaiv, de Kiev, do Bug Oriental.

A Europa não se faz de uma vez

Hoje é Dia da Europa, um dia que que assinala a paz e a unidade do continente europeu. É dia de lembrar o mote Europeu: "in uno plures" - "Unidos na Diversidade" - e os valores defendidos por Monnet: paz, solidariedade, desenvolvimento económico e social, equilíbrio ambiental e regional.

Este dia é celebrado a 9 de maio, a data que assinala o aniversário da histórica «Declaração Schuman» e que terá sido o ponto de partida para uma Europa unida, há já 72 anos, em 1950, em Paris, quando Robert Schuman era então Ministro dos Negócios Estrangeiros francês.

A guerra de Piero

por Giuseppe Steffenino

Muitos corpos e rostos de soldados mortos, ucranianos e russos, nos foram mostrados nesta guerra inútil. Há muitos campos de trigo na Ucrânia que as papoilas não tardarão em  manchar de vermelho.

Isso lembrou-me uma canção/poema italiano que me impressionou quando eu era moço. Vou tentar traduzir parte do texto:

"Dormes enterrado num campo de trigo Não é a rosa, não é a tulipa

quem te cuida da sombra das valas Mas eles são mil papoilas vermelhas.

Para Piero, para agora!

Deixa o vento trazer-te na sua boca

A geração que virá depois

Somos feitos de carne, de osso, de músculo, de nervo, de água, de sangue, de uma combinação tão quase perfeita que seria quase impossível descrever num tão curto texto todas as características que nos compõem e que nos marcam.

Todos os elementos foram criados e conjugam-se de forma admirável. Todos os elementos começam de forma quase invisível, vão crescendo, amadurecem e envelhecem até ficarem como pó na terra que os vi nascer.

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