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Opinião

OS FILMES DE NATHANIEL DORSKY

Stills

Que filmes estes, e vimos apenas três sabendo desde logo da grande probabilidade de não voltar a ver mais nenhum.

Uma primeira pergunta logo que os começamos a ver: de onde estamos a olhar? – Ou então: para onde fomos levados? Para o topo de uma montanha. Não! Para um espaço intermédio, entre fronteiras apenas pressentidas.

SAPATOS

Uma tinha uns sapatos meio esquisitos calçados, cada um em seu pé trocado. Outro tinha umas botas de cabedal, aspeto usado, meio gasto, meio cansado. Outro tinha botas de trabalho, cimentadas, com um ar de biqueira de aço.

Nisto, as minhas sapatilhas, azuis com cordões alaranjados, passavam meio, e talvez não, despercebidas. Pois, eu bem as olhava e pensava cá para mim que a escolha podia ter sido menos irreverente. No fundo, pensava mas discordava. A escolha tinha sido consciente e até estava contente.

DEITADOS NAS DUNAS, ALHEIOS A TUDO

O tema Dunas, dos GNR, acompanhou a minha adolescência intensificando, com os seus acordes, os volúveis e exacerbados sentimentos envolvidos nos amores e desamores característicos desta fase da vida.

Trauteei também, com alguma frequência (demasiada confesso), os versos biombos indiscretos de alcatrão sujos rasgados por cactos e hortelãs… Fazia-o sempre que constatava, a cada regresso a casa, que tinha o biquíni, a toalha de praia ou os pés sujos de pegajoso e nauseabundo alcatrão.

TRABALHAR PARA CONSEGUIR ARRENDAR

Esteve esta semana em discussão a revisão do regime do alojamento local. Fala-se na necessidade de ouvir os outros condóminos, de dar mais espaço aos proprietários de habitações em zonas históricas, entre outras alterações.

Não menosprezando a importância da discussão deste tema, creio que, no que ao arrendamento habitacional diz respeito, a urgência é maior, face às dificuldades que os inquilinos atravessam e os futuros inquilinos se preparam para atravessar.

NATURAL BORN KILLERS

NATURAL BORN KILLERS (1994) de Oliver Stone - [(Genes + Poder + Energia+Media+ Individualidade + Arbítrio + Sangue) / Hesitação]*∑ (Quase Tudo ∩ Quase Nada) = Um Pouco Menos do que Infinito (∞ -Φ)

PARA QUE NÃO VOLTE A ACONTECER

A Comissão Europeia confirmou esta semana a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo. Em termos práticos, é muito importante sublinhar que o País e os portugueses estão verdadeiramente de parabéns. Foi um esforço muito grande que os portugueses fizeram para se livrar deste espartilho. Dum espartilho onde nunca deveríamos ter entrado.

Portugal esteve os últimos 8 anos sujeito ao Procedimento por Défice Excessivo. Desde 2009 (da então famigerada governação de José Sócrates) que nos encontramos perante as amarras desta complexa exigência.

TINHA A MANIA DOS VERBOS

O marafado do gaiato era esperto e ligeiro como as cobras. Andava sempre à cata de conseguir saber mais e de fazer melhor. O marafado do moço, ou o moço marafado, era da cidade. Tinha a esperteza e a sageza de quem convive há muito com o desenrascanço. Podia ter-lhe dado para pior, podia não saber muito na escola. Mas tinha a escola da vida.

CUMPRIMOS O DÉFICE. E PORTUGAL?

Só quem coloca a ideologia à frente do País é que não ficaria satisfeito com os resultados do défice de 2016 apresentados pelo Governo.

É curioso assistir aos que hoje fazem tanta questão em afirmar que os 2,1% de défice se deve exclusivamente a António Costa, foram os mesmos que ainda hoje contestam a governação de Pedro Passos Coelho, que recebeu um défice de 11,2% de Sócrates e entregou o País ao actual governo com um défice de 3% (sem contar com o BANIF).

60 ANOS DOS TRATADOS DE ROMA: O FUTURO DA EUROPA

“ A Europa não se fará de uma só vez, nem de acordo com um plano único. Far-se-à através de realizações concretas que criarão, antes de mais, uma solidariedade de facto” (Robert Schuman, maio de 1950)

Numa altura em que comemoramos 60 anos desta União Europeia (UE27) sentimos todos a enorme contribuição que deu para um período de paz que se prolongou por sete décadas, num espaço de 500 milhões de cidadãos a viver em liberdade, de acordo com as regras democráticas que conhecemos, numa das economias mais avançadas de prósperas de todo o Mundo.

A INDÚSTRIA DA CORRUPÇÃO

A prática da corrupção conduz a sociedades mais desiguais, perverte a distribuição de riqueza e de oportunidades, aprofunda injustiças sociais e coloca em risco a dignidade humana.

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