Vai ser criado em Évora um novo centro de acolhimento temporário, num investimento de cerca de 750 mil euros, que vai contar com verbas provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), anunciou Carlos Pinto de Sá, presidente da Câmara Municipal, na passada segunda-feira (dia 6).
O presidente revelou à agência Lusa que este projeto, que já obteve a aprovação ao PRR, surge na sequência de uma parceria entre a autarquia e a Santa Casa da Misericórdia de Évora (SCME).
Este centro vai ficar na periferia da cidade, mais concretamente no edifício do antigo Lar dos Pinheiros, que, após ter sido cedido à Segurança Social, se encontra novamente na posse da Câmara Municipal.
“Voltámos a tomar posse do edifício e entendemos transformá-lo, através de um acordo com a Misericórdia de Évora, num centro de abrigo temporário para sem-abrigo e outras pessoas que tenham necessidade”, afirmou o autarca, adiantando ainda que, durante o período de tempo em que esteve cedido à Segurança Social, “não houve cuidado com a segurança e o edifício foi vandalizado”, o que implica que, atualmente, “é necessário recuperá-lo, adaptá-lo e prepará-lo para a nova função”.
“Essa é a obra que está prevista, sendo que a câmara garante a empreitada e, depois, entregará a gestão do centro à SCME”, acrescentou.
O que se pretende, de acordo com Carlos Pinto de Sá, é que a intervenção se inicie “durante este ano”, de forma a que o centro possa abrir em 2024.
O novo centro de acolhimento temporário vai procurar dar resposta habitacional às “situações de emergência”, possibilitando que pessoas ou famílias “possam ser acolhidas durante um determinado período, até uma instalação definitiva”.
“Será um centro que permitirá que pessoas sem-abrigo possam ter um acolhimento temporário até se encontrar uma solução definitiva”, explicou o presidente do município, indicando que esta resposta social pode também chegar a “imigrantes ou pessoas que são despejadas”.
O valor “referenciado” de investimento é de cerca de “750 mil euros”, dadas as “incertezas nos concursos da área da construção civil”, esclareceu.
Fotografia de cm-evora.pt
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