Tendo em conta a “complexidade” do investimento envolvido, foi ontem (22) deixada pela Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (CNA-PRR) a recomendação de “acompanhamento” do processo de construção da Barragem do Pisão, no Crato, noticia a agência Lusa.
“Recomenda-se a criação de uma estrutura dedicada para a sua gestão, bem como a colaboração com entidades semelhantes e com experiência na construção e gestão deste tipo de empreendimento”, pode ler-se no relatório apresentado publicamente no dia de ontem.
De acordo com a CNA-PRR, é também importante que comece a ser “discutido o modelo de gestão”, depois da construção do Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos (EAHFM), conhecido geralmente por Barragem do Pisão.
A construção desta barragem, que representa um investimento de 171 milhões de euros, dos quais 120 estão inscritos no PRR, deverá estar concluída no ano de 2025, de acordo com o cronograma enviado à Comissão Europeia.
A Barragem do Pisão vai permitir, segundo o Governo, “regar cerca de 5.500 hectares”.
Vai ser também garantido por este empreendimento o abastecimento de água às populações de Alter do Chão, Avis, Crato, Fronteira, Gavião, Nisa, Ponte de Sor e Sousel.
A Lusa nota ainda que há mais de meio século que as populações da região do Alto Alentejo ambicionam e reivindicam a construção desta barragem, que vai ser feita numa área com 10.000 hectares, referiu a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), entidade que tem a seu cargo a execução deste projeto.
Fotografia de agriculturaemar.com