10 Janeiro 2019      17:52

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Nelson Brito reivindica devolução de Tábuas de Vipasca a Aljustrel

Nelson Brito, presidente do Município de Aljustrel

As Tábuas de Vipasca, compostas por mais do que uma placa, em bronze com inscrição jurídica em latim, denominada "Lex Metallis dicta", estão a ser reclamadas pelo município de Aljustrel, após ter reavido uma estela funerária da Idade do Bronze, detida indevidamente por um arqueólogo a quem o Estado intentou uma ação judicial e venceu, entregue à guarda do Museu Municipal de Ajustrel..

Esta estela funerária da Idade do Bronze, encontrada no verão de 2013, por um trabalhador agrícola, na freguesia de S. João de Negrilhos, em Aljustrel foi recuperada depois de o Estado ter intentado um processo judicial contra um arqueólogo que detinha indevidamente a peça, tendo esta sido reavida já em fase de execução de sentença face à recusa de entrega da mesma.

Agora o município pretende reaver a Tábua de Vipasca, cujo texto é composto por 46 linhas gravadas em caracteres latinos, representando um trecho de um código de minas que abrangia pelo menos três placas.

Uma das placas apresenta cinco furos para fixação e encontra-se parcialmente dobrada. O texto está redigido formalmente sob a forma de carta endereçada a Úpio Eliano, o procurador do distrito mineiro de Vipasca e consideradas de "exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística" que o município de Aljustrel quer ver devolvidas já que a sua origem é precisamente da mina dos Algares, nas minas romanas de Aljustrel, que aí foram descobertas em 1906 e que estão à guarda do Museu Nacional de Arqueologia.

Nelson Brito, presidente do Município de Aljustrel, reivindica as Tábuas com a compilação de leis da época romana, por fazerem parte do património daquela terra alentejana.

 

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