O Festival Islâmico de Mértola começa amanhã, quinta-feira (18), com o espetáculo Além Cabul, que junta músicos do Alentejo, da Extremadura espanhola, do Afeganistão, dos Estados Unidos da América e do Brasil.
“Um grupo de músicos oriundos do Alentejo aliado a outros tantos do Afeganistão – refugiados pelo mundo – e ainda a uma instrumentista americana, ativista na preservação do património musical afegão, acaba de construir uma máquina imaginária de teletransporte, que permite viajar de olhos fechados entre os vales dos rios Guadiana e Cabul e criar pontes onde antes havia fronteiras”, é assim que se descreve, em comunicado, este espetáculo.
Trata-se de uma viagem onde “o tempo deixa de existir”, que conta com o coletivo Duas Violas, dos músicos alentejanos RAIA (António Bexiga) e Ana Santos e também com Mili Vizcaíno (Espanha) na voz, Robin Ryczek (Estados Unidos da América) no violoncelo, Fazel Sapand (Afeganistão) no sitar e no oud e Tiago Rêgo (Portugal/Brasil) na percussão.
“Todos juntos – vozes, instrumentos, homens e mulheres, cantam para um tempo novo, para um futuro de liberdade, igualdade e fraternidade, sem esquecer o que trouxe o leito do rio, porque os rios bebem histórias”, refere ainda a organização, fazendo, depois, referência ao provérbio afegão “qatra qatra darya maisha”, que significa que de “gota a gota se faz o rio”.
Para além da dimensão musical, este espetáculo fica também marcado pela dimensão visual, uma vez que o seu cenário vai contar com obras dos artistas plásticos Kaihan Hamidi, de Cabul, e Manuel Passinhas da Palma, de Mértola.
Este espetáculo está marcado para as 22:30 de amanhã, quinta-feira (18), no Castelo de Mértola.
A entrada é livre.
Fotografia de evasoes.pt