16 Setembro 2022      13:00

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Festival em Montemor-o-Novo propõe “pensar como uma floresta”

A 3.ª edição do Ponto d’Orvalho, um festival multidisciplinar que nasceu em 2020, em Montemor-o-Novo, vai ter lugar este fim de semana, de 16 a 18 de setembro, na Herdade do Barrocal de Baixo, sob o tema “Pensar como uma floresta”.

De acordo com o jornal Público, no manifesto da edição deste ano pode ler-se o seguinte lema: “da mesma forma que a natureza pode regenerar, as sociedades também têm a imensa capacidade de se adaptar, regenerar e transformar”. Assim, o evento pretende apresentar propostas artísticas híbridas que coloquem a arte como ferramenta de consciencialização ecológica.

Em declarações ao mesmo jornal, Sérgio Hydalgo, um dos programadores do festival, refere que “até temos pudor em chamar-lhe festival, porque é muito importante que a escala seja de intimidade. Em muitos sítios é até difícil ter rede de telefone”.

O festival nasceu da experiência pessoal de Joana Krämer Horta, que cresceu em Montemor-o-Novo, que, depois de uma temporada na Herdade do Freixo do Meio, onde observou de perto um exemplo de práticas de regeneração dos solos e o restauro ecológico em sistema agroflorestal de produção de alimentos, procurou espalhar a mensagem usando a arte como veículo.

O evento junta “curiosos, artistas, pessoas da ecologia e da ciência”, mas não mais de 150 pessoas.

O programa inclui uma caminhada pela Herdade do Barrocal de Baixo, no sábado, que irá juntar a artista Gabriela Albergaria e António Mira, biólogo e chefe do Laboratório de Biologia da Conservação da Universidade de Évora.

Na sexta-feira, após o concerto de Coby Sey, músico, produtor e DJ de Londres, Djaimilia Pereira de Almeida irá ler um texto, escrito por si para o festival, debaixo do céu noturno do Barrocal.

A organização refere ainda que vão estar em destaque temas como a agroecologia ou a alimentação, estando também incluídas atividades coletivas que “potenciam a troca, a proximidade, a partilha”.

Além disso, a organização trabalha com a comunidade local, ao criar uma parceria com a Cooperativa Integral Minga, cuja missão é apoiar e fomentar o desenvolvimento da agricultura local de Montemor-o-Novo, que irá fornecer hortícolas, frescos e ervas aromáticas.

Entre os artistas convidados está ainda o Grupo Coral Feminino Ecos do Monte, de Montemor-o-Novo, que vai cantar músicas tradicionais da região e de manifestação popular.

Há até um bilhete para residentes em Montemor-o-Novo a um preço mais acessível: 15 euros, em vez dos 55 euros de bilhete único que dá acesso ao festival.

 

Fotografia de gerador.eu