Enquanto andamos distraídos com polémicas online sobre plágios, uma criança morre na síria. Enquanto nos queixamos da chuva, uma mãe perde um filho. Enquanto lamentamos o trabalho que temos e não nos deixa respirar, uma irmã vê o seu irmão morrer-lhe nos braços.
Enquanto planeamos a próxima viagem, famílias inteiras planeiam uma forma de conseguirem sobreviver aos próximos bombardeamentos.
Não, não é na Europa mas estas famílias também precisam que orem por elas. Também precisam que alguém se junte a elas e diga basta.
O Governo justifica os ataques constantes com o facto de serem dirigidos a alvos militares. Os rebeldes colocam crianças e famílias nesses mesmos alvos e todos os dias centenas de vidas são colhidas e o mundo continua a olhar para o lado.
As Nações Unidas tiveram intervenção na negociação de um cessar-fogo para prestação de ajuda humanitária, que foi por diversas vezes violado, atingindo quem apenas se preocupa em ajudar os outros.
Não há medicamentos. Não há equipamentos médico-cirurgicos. Pessoas acumulam-se à espera de morrer, sem assistência, sem esperança.
Não obstante a intervenção das Nações Unidas, é de conhecimento público que existem potências militares mundiais a apoiar cada um dos lados nesta guerra.
Para além do regime Sírio, não deveriam estas potências ser igualmente sancionadas pelos organismos a nível europeu e mundial com poderes para esse efeito?
É fácil perceber que existem interesses que estas potências consideram superiores e que as levam a apoiar cada um dos lados.
No entanto, se quando estas potências são cobardemente atacadas por terroristas, pedem o apoio de todo o mundo contra o terrorismo, o que dizer quando são os primeiros a atacar estas regiões e a causar inúmeras mortes de inocentes?
Andamos todos distraídos perante uma nação que clama desesperadamente por ajuda.
Até quando?
Imagem de capa de AMER ALMOHIBANY / AFP