Por ordem alfabética, três cidades europeias que nos fazem reviver o império austro-húngaro. Três cidades que nos fazem reviver o passado e trazem à memória a grandeza das cortes europeias, de tão admiráveis castelos, impérios e contos de fadas.
Escolhi para escrever, esta semana, sobre cada uma delas, da sua beleza, da sua unicidade e dos seus aspetos mais e menos positivos.
Visitei as três, como turista, no ano passado, durante alguns dias. Como é normal e expectável em tão curta visita, não tive tempo de usufruir de tudo o que qualquer sítio, por mais pequeno ou maior seja. Creio, porém, ter captado a essência de cada uma das belíssimas capitais destes três países repletos de história, e de histórias ou estórias… mas essas nunca as conheceremos, a menos que tenham sido escritas por alguém. Intrigas palacianas e tantas outras coisas são sempre motivo de interesse.
Visitei, em primeiro, a cidade de Viena de Áustria. Uma cidade imponente, banhada por um rio igualmente importante. Aqui viveram milhões de pessoas, aqui criaram-se das mais importantes peças e obras musicais e da cultura ocidental. O deslumbre da imperatriz Sisi respira-se por toda a cidade, não ofuscando a determinação de Maria Teresa! Palácios e monumentos, museus e catedrais relembram um a época passada mas presente.
Parti, ainda que brevemente, para Budapeste. Devo dizer que ao longo da curta viagem de 3 horas de comboio, as imagens que me passavam se revestiam de uma história recente, tão ligada à primeira metade do século passado. Passei a fronteira e os euros passaram a florins, passei a fronteira e entrei na Hungria. Até aí não tinha qualquer imagem do país ou da cidade de Budapeste. Cheguei na estação, ainda a recuperar das diferentes ocupações, mas fiquei principalmente pelo centro. Ao início pareceu-me uma cidade mais fria, menos cuidado, mais antiga e cheia de memórias. Foi até ao momento em que cheguei ao lado do Parlamento, olhando para Buda, um dos lados e para Peste, o outro lado do rio que percebi o que unia e desunia estes povos. Tanta história naquele mesmo rio. Tanta história naquela cidade admirável e imponente. Trouxe de Budapeste uma enorme vontade de voltar, a memória das termas, tão conhecidas e tão revigorantes! Do cruzeiro no rio e de cada aspeto de cada rua em particular. Por lá passaram artistas, intelectuais, escritores, músicos, oprimidos, gente e povos de toda a Europa e eu também por lá passei. Não interessará muito, mas interessa a mim,
Volta-se a Viena e daí, rumei a Praga. Um dia só. Não deu nem para ver tudo. Honestamente, na cidade que também é um ícone da cultura europeia, noto de novo um rio, noto uma cidade antiga, plena de história, de sofrimento, de glória. E noto a invasão de turistas como eu próprio.
E nisto, regresso a Viena, a tempo de mais um cruzeiro pelo rio. A tempo de mais um shnitzel, a tempo de reviver o passado e de imaginar a aristocracia e o povo que nunca teria entrado num daqueles palácios ou monumentos.
A história é, para todos nós, a memória que nos ensina o presente, aquilo que fomos e poderemos ser, se nos dispusermos a aplicar as lições da História. Há dias que penso assim…