O corredor era enorme, quase a perder de vista. Num daqueles palácios antigos, onde as pessoas iam, agora, todos os dias, onde sempre entravam e saiam, nunca passando lá mais tempo do que aquele extremamente necessário, havia uma peculiaridade. O corredor estava pintado de branco, em arco, quase em nada a cobrir as paredes. Nelas, de um lado, janelas grossas, com vidros baços e grades feitas de um ferro tão forte que lembra a nossa história antiga. Tinham, aliás, como não seria de esperar outra coisa, feitos nessa altura.