A minha avó materna contava-me muitas histórias sobres bruxas, figueiras de figos pretos de onde saiam “fogos/luzes” que perseguiam as pessoas e muitas sobre “pegos” nas ribeiras onde desapareciam carretas de bois inteiras. Essas historias tinham o condão de me assustar, mas também de estimular muito o meu imaginário e de me abrir a muitas possibilidades. Todas eu recordo com intensidade e carinho, mas haviam outras histórias, três para ser correto, sobre a realidade, vista pelos olhos dela, que me marcaram como pessoa. Eram sobre o antes e o durante o 25 de Abril de 1974.