A última a morrer
Por Rita Nascimento
Chego-te, através do horizonte,
leve, ténue e casta brisa
profetisa,
envolta em névoa que solta,
te toca sem te tocar.
Em tudo me sentes.
Em nada me vês.
Mas crês que existo
e que de longe venho
contendo arte e engenho
(não olhas para trás).
.
Três passos mais perto
do fim do deserto
e miragem ainda sou...
Reflectindo uma imagem
de sonho e coragem
que contigo acordou.
Não páras.
Sempre adiante,
filha de um acreditar constante
(não há tempestade que te apague).
.
Ao longe, o horizonte
em ti, uma fonte
onde bebes de mim...
... crês-me, sem fim
e chamas-me Esperança!
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Natural de Lisboa, a residir há mais de duas décadas na cidade de Beja, a Rita conta com doze anos de compromisso profissional na área comercial, entre os quais, cinco dedicados à liderança e desenvolvimento de equipas. Nas palavras encontra o seu equilíbrio e na poesia um universo de possibilidades, sem condicionalismos nem fronteiras, capaz de fazer ver tudo quanto tende a não ser visto.