O balão de oxigénio trazido pela primeira fase de desconfinamento já está a dar os seus frutos no que toca à faturação dos negócios portugueses com esta a registar um ligeiro crescimento de 4 pontos percentuais face a fevereiro de acordo com o mais recente relatório REDUNIQ Insights.
Ainda assim, esta recuperação ligada á entrada em vigor da 1ª fase de desconfinamento (15 de março) não é, ainda, suficiente para que a faturação total do sistema retalhista nacional cubra inteiramente as perdas de mais de um ano de pandemia, situando-se 20% abaixo dos valores registados em 2019.
Apertando a malha de análise, quando se olha para os números da faturação no Retalho distrito a distrito para o período de 15 de março a 4 de Abril de 2021, o relatório evidencia números muito melhores do que os homólogos de 2020 (um crescimento face ao homólogo de 40%) que se estende, de forma transversal, a todo o território nacional. Porém, tal como se já se tinha observado durante o ano de 2020, os distritos de menor dimensão acabam por registar melhores performances do que os seus congéneres de maior dimensão.
Neste particular, se excetuarmos as regiões autónomas dos Açores e da Madeira que registaram crescimentos acima dos 60%, Beja e Portalegre com mais, respetivamente, 45% e 32% do que o registado em igual período de 2020 surgem nos primeiros postos do ranking.
Fonte: Relatório REDUNIQ Insights – Abril 2021
Pagamentos digitais em prol de dinheiro
A colocação destes dois distritos alentejanos entre os melhores em termos de faturação do seu tecido retalhista não é novo e acentua-se quando se faz a comparação entre 2021 e 2019.
Diz o documento REDUNIQ Insights que, face a 2019, a faturação do Retalho de Beja e Portalegre registou um crescimento de 25%, fenómeno quase solitário no panorama global dos distritos portugueses, em grande medida justificado pela entrada de novos pontos de venda e com a evidente transferência de consumo a dinheiro para meios de pagamento digitais, como o contactless.
À semelhança do que relatórios anteriores já vinham revelando, o peso dos pagamentos contactless no total de faturação dos negócios portugueses continua a crescer, tendo atingido em março deste ano os 42%, mais 29% do que em igual período de 2020 e mais 37% do que no terceiro mês de 2019.
Este crescimento extraordinário dos pagamentos contactless está, como se percebe pela análise do relatório, a contribuir para a recuperação do Retalho em distritos como Beja e Portalegre.
Assim, mais do que uma resposta à pandemia promovida pelas autoridades de saúde, governo e banco de Portugal, estes números evidenciam que o contactless tornou-se uma alternativa fácil e segura para muitos portugueses assumindo-se como o futuro dos pagamentos.
Isto leva, obrigatoriamente, à necessidade do sistema retalhista nacional de se dotar desta tecnologia nos seus negócios, de modo a responder às novas exigências dos seus consumidores.
A REDUNIQ tem um papel fundamental em todo este processo. Através da disponibilização de terminais de pagamento automático que permitem aos comerciantes aceitar transações com recurso à tecnologia contactless dos seus clientes, a REDUNIQ está a ajudar a transformar o panorama do setor dos pagamentos em Portugal.
Prova disso é o recente lançamento terminal Android REDUNIQ Smart que, além de aceitar pagamentos contactless com cartão, chip ou MB Way, traz incorporadas um conjunto de apps de gestão que auxiliam os negócios e lhes permitem ser totalmente móveis e digitais, como é o caso das apps certificadas ZS Mobile e omeutáxi.
Sobre o REDUNIQ Insights
O REDUNIQ Insights, que resulta da parceria entre a REDUNIQ (maior rede de aceitação de cartões nacionais e estrangeiros em Portugal) e a Return on Ideas, é uma solução de conhecimento que pretende disponibilizar análises com base em informação sobre a atividade do retalho nacional, suportando empresas na geração de insights e na tomada de decisões de desenvolvimento dos seus negócios.
As informações recolhidas para a elaboração deste relatório não só refletem a dinâmica de entrada de novos pontos de venda no sistema REDUNIQ, como a necessidade percebida pelos retalhistas de passarem a oferecer meios de pagamento alternativos aos seus clientes.
Na prática isto levou a um aumento da procura de TPA contactless da REDUNIQ projetando o efeito de transferência de pagamentos em dinheiro vivo para meios eletrónicos.
Percebidas como um todo, estas duas variantes ajudaram a desenhar o mapa detalhado da evolução transacional no sistema de Retalho português plasmado neste e em relatórios anteriores.