O investigador João Pedro Gouveia, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa, recebeu financiamento europeu para dois projetos sobre pobreza energética, a ter lugar em Gavião e Ponte de Sor.
De acordo com a TSF, no total, o programa europeu LIFE atribuiu cerca de três milhões de euros para os projetos Horis e Entrack, com a duração de três anos.
O projeto Horis “tem a ver com a integração de empresas e de entidades numa plataforma de renovação de edifícios, portanto, um balcão único de apoio ao cidadão para renovar a sua casa”, explica o responsável.
Já o Entrack “tem a ver com criar planos inclusivos de transição energética, ou seja, capacitação”.
“Vamos capacitar não só os membros dos governos locais, mas também tentar integrar os cidadãos nesta discussão”, aponta João Pedro Gouveia.
O investigador salienta que Portugal é um dos países europeus com mais dificuldades, por exemplo, no aquecimento das casas, o que põe em causa o bem-estar e a saúde, em especial no inverno, quando o tempo está mais frio e húmido.
“Temos um problema estrutural muito grande: Portugal é o quarto país com mais pessoas a reportar incapacidade de aquecer a casa, com problemas associados à estrutura dos edifícios, com um quarto das habitações em Portugal com problemas de infiltração, humidades e bolores”, nota o investigador.
“Estamos atrasados, temos um problema grande, mas caminho começa a ser feito”, acrescenta.
O projeto Horis recebeu financiamento 1,58 milhões de euros, enquanto o Entrack vai receber 1,4 milhões de euros.
Fotografia de observador.pt
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