24 Junho 2023      10:59

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Fado e Flamenco voltam a encontrar-se em Badajoz

Cuca Roseta, fadista
Cuca Roseta, fadista

O Fado e o Flamenco voltam a encontrar-se em Badajoz para oferecer o melhor destes dois géneros musicais na 14ª edição do Festival de Flamenco e Fado de Badajoz.

Uma das grandes protagonistas será a portuguesa Mísia, que inaugura o Festival no dia 30 de junho, na Esplanada de verão do Teatro López de Ayala. Mísia traz a Badajoz o seu último trabalho, Animal Sentimental, uma oportunidade para ver a herdeira de Amália Rodrigues mostrar o seu talento neste novo álbum, que é também um livro e um encontro com o público ao qual dá voz em forma de concerto acompanhado de pequenos monólogos.

No dia 1 de julho será a vez do Flamenco subir ao palco da Esplanada do Teatro López de Ayala com Pakito Suárez, El Aspirina e El Guadiana, com o seu espectáculo En nombre del Flamenco.

Os seguintes concertos terão lugar no Auditório Ricardo Carapeto. Inauguram este palco, na quinta-feira, 6 de julho, o Super-trio formado pela fadista portuguesa Cuca Roseta, o guitarrista Daniel Casares e o músico Jorge Pardo. Um espetáculo que representa o melhor jazz-flamenco espanhol, unido ao talento de uma das melhores vozes da nova geração do fado, Cuca Roseta. Nessa mesma noite sobe também ao palco Esther Merino, cantora de flamenco da Extremadura, que com o seu novo espetáculo En tierra de hombres, pretende realçar o papel da mulher num mundo onde, quase sempre, a companhia artística é masculina.

Na sexta-feira, 7 de julho, o músico, produtor e compositor português João Caetano estreia o espetáculo Cada vez mais, que explora um género musical que mistura elementos do jazz, do folclore e da música tradicional portuguesa, incluindo a percussão e o fado. Nesta ocasião, conta com dois convidados especiais: o percussionista Israel Suárez Piraña e o guitarrista Juan José Suárez Paquete, ambos da saga mais flamenca da Extremadura: Os Porrina de Badajoz. Neste espetáculo atrevem-se a interpretar uma das canções lendárias de Amália Rodrigues, Estranha forma de vida.

Nesta segunda noite, o flamenco chega com Lin Cortés, mestre da fusão de estilos, e na vanguarda do novo flamenco. Um dos artistas mais respeitados do ambito internacional neste género, surpreende-nos com Gitanerías, o seu novo trabalho onde aposta pela nudez e o minimalismo flamenco.

O Festival finaliza no sábado, 8 de julho, com a maturidade e o talento do guitarrista Vicente Amigo que, juntamente com a Orquestra da Extremadura, apresentará a composição flamenca Poeta, baseada nos versos de Rafael Alberti.

Este Festival é uma referência europeia para a promoção e divulgação da cultura portuguesa e espanhola. Badajoz, a cidade transfronteiriça mais flamenca, concentra nestas noites de verão duas grandes formas de entender a música, o fado e o flamenco. Este encontro acontece todos os verões, convivendo no mesmo palco os dois géneros musicais, e fazem-no em dois espaços únicos ao ar livre: a esplanada do Teatro López de Ayala e o Auditório Ricardo Carapeto.

O Festival de Flamenco e Fado de Badajoz conta também com o apoio do Museu do Fado de Lisboa e da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural-EGEAC.

 

Imagem de novagente.pt