28 Julho 2022      10:20

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Elvas inaugura laboratório para proteção de culturas

O novo espaço do Laboratório Colaborativo InnovPlantProtect (InPP) de Elvas vai ser inaugurado hoje, quinta-feira, após um investimento 2,8 milhões de euros.

Em declarações à agência Lusa, Pedro Fevereiro, diretor do InPP, revelou que o novo espaço já era para estar inaugurado há mais tempo, mas a pandemia de covid-19 “foi determinante na derrapagem de tempo” para a conclusão do projeto.

O InPP é uma associação privada sem fins lucrativos, criada em janeiro de 2019, que reúne 40 trabalhadores, sendo 17 investigadores doutorados, 16 mestres, seis licenciados e uma pessoa com o ensino secundário, que têm como missão desenvolver novas tecnologias para a proteção das culturas.

O InPP, que tem funcionado provisoriamente no primeiro andar do INIAV de Elvas (antiga Estação de Melhoramento de Plantas), foi constituída por iniciativa da Universidade Nova de Lisboa, contando com 12 fundadores, entre os quais a Universidade de Évora, Câmara de Elvas, Syngenta Crop Protection e Bayer CropScience Portugal.

Assim, o novo espaço do InPP vai surgir num piso térreo do edifício principal do INIAV de Elvas, estando a inauguração agendada para hoje, quinta-feira, pelas 15:00.

“O piso térreo foi restruturado para albergar laboratórios, infraestruturas digitais modernas para se desenvolverem os objetivos do laboratório colaborativo”, adiantou o responsável.

O diretor do InPP recordou ainda que a atividade do laboratório teve início em janeiro de 2020, sublinhando que a missão deste projeto passa por produzir produtos baseados em biologia molecular e celular, bem como serviços baseados em tecnologias digitais.

Atualmente, os profissionais do InPP estão a desenvolver uma vacina biológica para combater a Xylella fastidiosa, bactéria que “ataca” as plantas, como a oliveira, matando-as aos poucos.

Pedro Fevereiro explicou ainda que, recentemente, colocaram uma patente provisória para combater uma outra bactéria que é responsável pelo fogo bacteriano, uma doença que ataca as pereiras e macieiras.

Os profissionais do InPP estão também a “trabalhar” numa solução para uma doença que ataca os cereais, conhecida como “ferrugem amarela”.

Segundo Pedro Fevereiro, o InPP também está ativo na área digital, nomeadamente com iniciativas no âmbito da Xylella fastidiosa ou da monitorização da “morte súbita” dos sobreiros, além de prestar vários tipos de serviços a produtores e empresas.

 

Fotografia de vozdocampo.pt