5 Novembro 2015      17:13

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ASSIM VÃO AS GLÓRIAS DO MUNDO

As ultimas semanas, tem sido prodigas em situações e/ou factos, que muito me ajudaram a escrever o presente artigo. Destas, selecionei duas, dado as considerar de relevância para o futuro coletivo Português:

A primeira, obviamente, não podia deixar de ser a situação criada com os resultados eleitorais do passado dia 4 de Outubro, e as leituras que têm sido feitas dos ditos resultados. Se contra tudo o que se esperava (ou não), a coligação PAF (PPD/PSD-CDS/PP) perde, ganhando as eleições, já o PS, tenta ganhar com a derrota (Costa prometeu a maioria absoluta quando se apresentou nas eleições primarias que o partido realizou em 2014), a CDU e o BE ganham (votos e mandatos), e os restantes partidos (ditos pequenos) perdem por não atingirem os seus objetivos.

Contudo, os resultados dizem-nos ainda mais… dizem que os Portugueses estão divorciados da política (a abstenção voltou a crescer), dizem-nos que entre brancos, nulos e votos nos ditos pequenos, os Portugueses querem alterativas, mas sobretudo dizem-nos que não queriam um governo maioritário da coligação PAF, mas também não o queriam do PS.

António Costa, vendo que não cumpriu o prometido, ensaia a fuga para a frente, apresentando-se como agregador das esquerdas, negando até o que disse em campanha. Começa um processo negocial inquinado, reunindo com a coligação, ao mesmo tempo que negoceia com o BE e a CDU.

Sabemos hoje que o governo que tomou posse terá uma vida curta, pois será recusado no parlamento, resultado das negociações das “esquerdas”.

Não sabemos (no momento em que escrevo) o que fará Cavaco, mas parece evidente que teremos novamente eleições legislativas no curto prazo … só resta saber a que preço.

A Segunda, esta diretamente relacionada com o êxodo do medio-oriente e a patente inépcia dos políticos europeus… envergonhando a herança de Schumman, e as próprias razões fundacionais da comunidade europeia.

Não tem sido criada uma verdadeira solução para os refugiados, nem sequer têm existido a visão que o problema tem que ser resolvido, cá para os que chegaram, mas também nos seus países de origem, acabando-se com as razões que os levam a fugir dos seus países de origem.

Acredito que a Europa irá acabar por arranjar solução, “dar um jeito” como se diz em linguagem mais popular, não será uma solução de longo prazo, e provavelmente irá a reboque das vontades de Putin e de Obama… o que sei, é que será sempre mais prejudicial, para os refugiados e para a união europeia.

 Veremos o que as próximas semanas nos trazem sobre estes e outros temas… mas apetece-me terminar com Sic Gloria Transit Mundi.