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Rita Balbino

UM CONTO DE NATAL

O comboio parou na estação de Santa Clara-a-Velha, quando o sol terminava a sua corte à terra, deixando o céu azul-cobalto, pincelado de cores ardentes, que teimavam em exibir-se antes de serem apagadas pelas estrelas.

INSTALAÇÃO COLETIVA

(em Vila Nova de Milfontes)

O conceito de Instalação foi criado pelo Dadaísmo, um movimento artístico surgido no início do séc. XX que, adulterando o conceito tradicional de Arte, se baseava no imprevisto, na desordem e no uso de objetos e elementos de pouco valor.

Na conceção da Instalação os artistas usam objetos construídos ou achados para ocupar um determinado espaço e desenvolver um tema.

 Ao longo do passado verão foi surgindo, na Praia do Farol, uma espécie de Instalação a ocupar quase toda a zona que fica emersa mesmo com a maré cheia.

A JÓIA DO MIRA

Não são apenas águas vibrantes e cristalinas que fluem ao longo dos pegos da Ribeira do Torgal. Escorrem também, no tempo (e na ribeira), múltiplas vidas que animam e embelezam toda a zona ribeirinha deste afluente do rio Mira.

A JÓIA DO MIRA

Não são apenas águas vibrantes e cristalinas que fluem ao longo dos pegos da Ribeira do Torgal. Escorrem também, no tempo (e na ribeira), múltiplas vidas que animam e embelezam toda a zona ribeirinha deste afluente do rio Mira.

DIZER COBRAS E LAGARTOS

A expressão dizer cobras e lagartos é utilizada, na linguagem popular, como sinonímia de maledicência e pronúncia de comentários injuriosos.

A escolha destes animais para dar corpo à expressão não foi aleatória. As cobras e os lagartos são, frequentemente, malditos, esconjurados e difamados…

SINES ON FIRE

Com a aproximação de mais um Festival Musicas do Mundo (FMM 2016) Sines incendeia-se, crepitando o prestígio que este motim musical trouxe ao concelho. As ruas inflamam-se na ansia de serem calcorreadas por gente perscrutante, ávida de singularidades. A cidade fervilha com o bulício dos preparativos para mais um período de invasão (e evasão). A população exulta a sua peculiaridade, cada vez mais empenhada em fazer Sines brilhar no panorama nacional e internacional.

O FUNDO DE UM MAR NUNCA NAVEGADO

“O Mundo dá muitas voltas…”. Voltas sobre si mesmo, voltas em torno do sol e outras voltas, entre revoltas. Altera amiúde a sua face. Enruga-se aqui, estira-se acolá…Transformam-se montanhas em planícies, aparecem e desaparecem oceanos, esbatem-se cores, surgem novas formas. Ao longo dos seus 4600 milhões de anos o nosso planeta tem mudado, permanentemente, a sua superfície. É difícil, para nós, percebermos essa mudança pois os fenómenos geológicos são extremamente lentos….Para erguer uma montanha são necessários milhões de anos, para se formar uma rocha, podem ser milhares.

DAS PRAIAS DE ANTIGAMENTE

Não vos quero falar das praias do nosso Alentejo que, na década de 70, assistiram a uma chegada massiva de turistas, nacionais e estrangeiros (os tais do “pé descalço”) que revestiam, com pequenas tendas, os nossos campos dunares.

Não vos falarei tampouco das praias alentejanas que, em meados do séc. XX, depois de invernarem, solitariamente, com o mar e o vento eram ocupadas, durante a época estival, pelos “campaniços” que, vindos do interior, chegavam ao litoral em carros de toldo engalanados, puxados por bois e pela vontade de aspirar o ar do mar.

UM CONTO DE NATAL

O comboio parou na estação de Santa Clara-a-Velha, quando o sol terminava a sua corte à terra, deixando o céu azul-cobalto, pincelado de cores ardentes, que teimavam em exibir-se antes de serem apagadas pelas estrelas.

BOLORES, ESSES SERES ENCANTADORES

Sempre que nos deparamos com alimentos, sapatos ou roupas com bolor sentimos uma repulsa que é justificável por todos os danos que esses seres nos podem causar.

Raramente temos consciência de que estamos perante um ser vivo que cresce, se alimenta e se reproduz, tal como nós.

Os bolores são seres vivos mas não se podem considerar nem animais nem plantas. Estão classificados, tal como os cogumelos ou como as leveduras, no grande grupo dos fungos.

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