A empresa Hanwha Q-Cells ficou com metade dos lotes que foram esta segunda e terça-feira a leilão de energia solar em Portugal, preparando-se para se tornar um dos “players” da energia solar no Alentejo e Algarve.
De acordo com a informação avançada pelo Expresso, a empresa ganhou seis dos 12 lotes a concurso, o máximo que podia alcançar. Com sede administrativa em Seul e sede de investigação e desenvolvimento (I&D) na cidade alemã de Thalheim, a empresa é um dos maiores fornecedores de painéis fotovoltaicos do mundo.
No entanto, o foco do negócio começou por ser a pólvora e os explosivos no rescaldo da Segunda Guerra Mundial. Nos anos 1980 passou pelos negócios dos resorts, pelas finanças, retalho e até mesmo pela tecnologia aeroespacial.
Só em 2010 é que o grupo apostou no negócio de energia solar ao adquirir uma participação de 49,99% na empresa chinesa SolarFun Power Holdings, atualmente transformada em Hanwha SolarOne, segundo o site oficial.
O grupo Hanwha apostou fortemente na Hanwha Q Cells e, quatro anos depois, dedicava-se ao desenvolvimento de equipamentos de energia solar para telhados de edifícios residenciais, comerciais e industriais. A estratégia de expansão do negócio e geográfica acabou por fazer da empresa um gigante dos painéis fotovoltaicos, que tem galopado a ascensão do setor.
Cerca de dez anos depois, a empresa detém a liderança na quota de mercado de países chave como a Alemanha, Reino Unido, Coreia do Sul e Japão. Na Europa, foi eleita seis vezes consecutivas a melhor fabricante de sistemas fotovoltaicos pelos instaladores locais, ao ganhar o prémio “Top Brand PV Seal 2019″ da EuPD Research.
Depois de expandir o negócio de painéis solares, a empresa começou a produzir diretamente energia. É no âmbito do plano de expansão, avaliado em 1,3 mil milhões de dólares até 2020, que o grupo sul-coreano entra no negócio de produção de energia em Portugal.