31 Março 2022      12:01

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Sines recebe exposição Gulbenkian Itinerante a partir de 2 de abril

O Centro de Artes de Sines vai receber, a partir de 2 de abril, “RISCO A-RISCO”, uma segunda exposição do projeto Gulbenkian Itinerante, que procura explorar canais de ligação entre o território de Sines e o universalismo da Coleção Gulbenkian.

Em comunicado, a Câmara Municipal de Sines adianta que a exposição é inaugurada no dia 2, sábado, às 16:00, e fica patente até 18 de junho de 2022.

O ponto de partida desta exposição é “uma das mais importantes peças do património cultural siniense”, o livro publicado por Estêvão de Liz Velho, em 1746, intitulado “Exemplar da Constancia dos Martyres em a Vida do Glorioso S. Tórpes”.

Segundo a autarquia, “nesta obra surge uma das primeiras gravuras de um objeto arqueológico publicadas em Portugal – uma placa de xisto gravado com mais de 5000 anos, do Neolítico-Final / Calcolítico – cujo mistério tem fascinado gerações de eruditos e artistas”.

O mesmo comunicado lembra que Calouste Gulbenkian “partilhava com eruditos e artistas a mesma paixão pelas obras de arte, que admirou e colecionou, e pelos livros que as dão a conhecer, muitos dos quais são, eles próprios, verdadeiras obras de arte”.

Alguns destes exemplos passam pelos livros desenhados por Sebastião Rodrigues, “a quem a Fundação deve a criação de uma imagem gráfica que, com brilho e inteligência, fez a ponte entre o seu acervo histórico e a contemporaneidade”.

Além disso, nesta exposição juntaram-se obras provenientes de três dos pilares da Fundação: o Museu Calouste Gulbenkian, o Centro de Arte Moderna e a Biblioteca de Arte.

O município destaca o “poderoso efeito dos padrões geométricos, especialmente daqueles baseados nos triângulos, nas tramas ou no próprio relevo que o papel ganhou no processo de impressão” da xilogravura de 1746, acrescentando que se sabe hoje que “poderá tratar-se de uma composição antropomórfica muito estilizada, que poderá representar um antepassado ou espírito protetor”.

Neste sentido, e por hoje “não conhecemos os códigos de interpretação destas obras”, propõe-se com esta exposição “trilhar alguns dos caminhos que, partindo da realidade concreta, nos conduzem ao puro jogo das formas e à abstração”.

A exposição “RISCO A-RISCO”, de entrada gratuita, pode ser visitada de segunda a sábado, entre as 12:00 e as 18:00.

 

Fotografia de noticiasaominuto.com