Ao longo desta semana temos ouvido Rui Rio afirmar que não queria assumir a função de deputado mas mesmo assim aceitou concorrer pelo círculo eleitoral do Porto, ficando em segundo na lista do PSD para aquele distrito.
Dos seus argumentos destacam-se os que apontam para o cargo em si, dando a entender que será um lugar de pouca importância no panorama nacional.
Ora, em plena campanha para as eleições legislativas que servem precisamente para eleger deputados para a Assembleia da República, ao aceitar concorrer para algo com o qual discorda, Rui Rio demonstra claramente a sua forma de atuar.
Havendo protagonismo não interessa a concordância com o cargo que se pretende assumir.
O cargo de Deputado, quando bem desempenhado, pode servir para fazer verdadeiramente a diferença em questões fundamentais para o desenvolvimento do País. É o Parlamento, através dos Deputados que faz, discute e aprova ou chumbas as leis que regem o País.
No meio da campanha morna protagonizada pelo PSD nestas eleições, este é mais um ponto negativo a acrescentar contra Rui Rio que, pela sua postura inicial ao assumir o cargo quase que fazia vislumbrar uma oposição séria e competente.
Com o aproximar das eleições esta imagem foi-se degradando, acabando por revelar que Rio discorda com um cargo para o qual concorre e certamente será eleito e várias lacunas no próprio programa eleitoral do seu Partido.
Tal como acabou por suceder com Assunção Cristas, Rio perdeu uma grande oportunidade para se constituir como uma alternativa séria ao atual Governo.
Isso vê-se claramente com o aparecimento de partidos à Direita que contam entre os seus apoiantes ex-dirigentes do PSD e do CDS.
As sondagens apontam para um decrescimento da Direita, fruto da atenção dos portugueses a todos estes fatores.
Mesmo perdendo as eleições este tipo de postura por parte daquele que se presume ser o principal partido da oposição não deixa de ser preocupante.
Os portugueses estão atentos.
Será que Rio está?
Imagem de capa de zap.aeiou.pt
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